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Em maio, brasileiros pegaram menos dinheiro emprestado pelos bancos

As concessões de empréstimos no Brasil recuaram 0,4% em maio na comparação com o mês anterior. (Foto: ABr)

As concessões de empréstimos no Brasil recuaram 0,4% em maio na comparação com o mês anterior, informou o Banco Central (BC) na sexta-feira (27), com o estoque total de crédito aumentando 0,6% no período, a R$ 6,65 trilhões.

No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subiram 0,2% em relação ao mês anterior.

Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve queda de 5,6% no período.

A inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em maio em 4,9%, contra 4,8% no mês anterior.

Já os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 45,4%, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Nos recursos direcionados, houve recuo de 0,1 ponto no mês, a 12,1%.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, subiu para 31,6 pontos percentuais nos recursos livres, contra 30,8 pontos no mês anterior.

Juros médios

Os juros médios cobrados em maio pelas empresas de cartão de crédito rotativo estão mais altos no Brasil, enquanto os do cheque especial e do crédito consignado caíram. É o que informam as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas na sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC).

De acordo com o BC, em maio, os juros médios dos cartões de crédito rotativo chegaram a 449,9% ao ano, o que representa alta de 5,7 pontos percentuais (p.p.), na comparação com o mês anterior (444,2%).

A cobrança do rotativo é feita quando o valor total da fatura não é pago até a data de vencimento do cartão de crédito, levando o cliente a ter de parcelar o que é devido.

Já os juros médios cobrados pelo cheque especial ficaram em 134,7% ao ano. Em abril, a taxa estava 2,7 p.p. abaixo da observada em maio (137,4%).

Consignado

Outra modalidade de crédito que tem sido muito usada pelos brasileiros é a do consignado. Segundo o BC, no mês de maio houve queda de 0,4 p.p. na modalidade, na comparação com o mês anterior, ficando em 26,5% (consignado total).

No caso do consignado cobrado em maio na folha de servidores públicos (mais barato em função das garantias dadas pela estabilidade no emprego), os juros cobrados ficaram em 24,8% ao ano. Para o consignado dos trabalhadores do setor privado, o percentual sobe para 55,6% ao ano.

Nos consignados adquiridos por beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o juro cobrado estava em 24,3%, também tendo como maio como mês de referência. As informações são da agência de notícias Reuters e da Agência Brasil.

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