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Em nova carta ao presidente da França, militares alertam para ameaça à “sobrevivência” do país

A fala a respeito do Brasil é uma resposta à crescente fatia de pessoas que não querem se vacinar. (Foto: Divulgação)

Um grupo de oficiais militares franceses da ativa publicou uma nova carta aberta, na qual alertam o presidente Emmanuel Macron de que a “sobrevivência” da França está em jogo, após as “concessões” feitas ao islamismo.

Publicada na revista conservadora Valeurs Actuelles no domingo (9), esta carta surge três semanas depois de uma missiva similar, na qual os militares advertiam que uma guerra civil estava se formando na França.

Assinada por um grupo de oficiais e por cerca de 20 generais da reserva, o documento gerou grande polêmica.

O primeiro-ministro a classificou de uma ingerência inaceitável, e o general de mais alto escalão da França prometeu punir os responsáveis.

Ao contrário da carta anterior, esta é aberta a novas assinaturas e, poucas horas depois de sua difusão, já havia recebido 36.000 adesões on-line.

“Falamos da sobrevivência do nosso país, do seu país”, diz o texto, dirigido a Macron e a seu gabinete.

Os autores se descrevem como soldados da ativa da geração mais jovem das Forças Armadas, a chamada “geração do fogo”.

“No Afeganistão, no Mali, na África Central, ou em qualquer outro lugar, muitos de nós experimentamos fogo inimigo. Alguns de nós perderam companheiros. Partiram para destruir o islamismo, ao qual vocês estão fazendo concessões em nosso solo”, criticam os autores.

“Quase todos nós vivemos a Operação Sentinela”, uma operação de segurança implantada após os atentados de 7, 8 e 9 de janeiro de 2015, para fazer frente à ameaça terrorista no território nacional.

“Vimos com os nossos próprios olhos os subúrbios abandonados, a conciliação com a criminalidade. Sofremos as tentativas de instrumentalização de várias comunidades religiosas, para as quais a França não significa nada, mas sim um objeto de sarcasmo, desprezo e até ódio”, completam.

E acrescentam: “Se explodir uma guerra civil, os militares manterão a ordem em seu próprio solo (…) a guerra civil está-se formando na França, e vocês sabem disso perfeitamente”.

A carta foi publicada em um tenso clima político na França, antes das eleições presidenciais de 2022. Nelas, as pesquisas de opinião até o momento preveem que a oponente de Macron será a líder da extrema direita Marine Le Pen. As informações são da agência de notícias AFP.

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