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Em novo atraso, governo não dá prazo para entrega de repelentes antizika

Desde outubro de 2015, foram 2.289 casos confirmados de microcefalia no Brasil.(Foto: Reprodução)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta segunda-feira (26) que não há prazo para o início da distribuição de repelentes para gestantes contra o mosquito que transmite o vírus da zika.

Em novembro, já com atraso de quase um ano,Barros havia dito que até o final de dezembro os produtos já começariam a ser entregues. A distribuição será feita para cerca de 484 mil grávidas de baixa renda cadastradas no programa Bolsa Família.

Em dezembro de 2015, o então ministro da Saúde, Marcelo Castro, chegou a anunciar que distribuiria o produto para todas as gestantes atendidas na rede pública. Um mês depois, recuou da medida e anunciou a oferta apenas para as gestantes vinculadas ao programa federal.

“Esperamos entregar o mais rapidamente possível. Lamentavelmente, a burocracia tem nos atrasado. Faremos a entrega o quanto antes”, explicou Barros.

Do anúncio de Castro até o momento, foram muitas idas e vindas no formato da compra dos repelentes. Inicialmente, o governo anunciou que os produtos seriam produzidos em laboratório do Exército – que negou a possibilidade. Em seguida, passou a convocar fabricantes, mas a negociação foi marcada por novos entraves em relação aos prazos, preços e a capacidade de fornecimento.

Houve uma tentativa de dispensa de licitação, que chegou a ser oficializada, mas fabricantes apareceram demonstrando o interesse, o que fez o governo voltar ao pregão. “Esperamos que não tenhamos recursos dos participantes da licitação”, disse Barros.

Desde outubro de 2015, foram 2.289 casos confirmados de microcefalia no Brasil.

Prioridades

O combate ao mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya é o maior desafio para 2017. A maior preocupação é com a chikungunya, que deve ter aumento de número de casos no próximo ano, de acordo com a expectativa do governo. Em novembro, Barros já havia feito a previsão. Não há, no entanto, uma estimativa.

Em 2016, foram registrados mais de 263 mil casos prováveis de infecção, 627% a mais do que em 2015 (36 mil). O ministro disse que os números de dengue e zika devem ficar “estáveis”, permanecendo na mesma faixa deste ano.

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