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Em pouco mais de três meses, a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires registrou a sua segunda fuga de presos

Em ambos os casos, detentos escaparam após serrar as grades da cela durante a madrugada. (Foto: Reprodução)

Ao realizarem a conferência de rotina, na manhã deste sábado, agentes da Peva (Penitenciária Estadual de Venâncio Aires), constataram a fuga de sete detentos da instituição, localizada na localidade de Vila Estância Nova, às margens da rodovia RSC-287, na região gaúcha do Vale do Rio Pardo, e que foi concluída em outubro de 2014, ainda durante a gestão do governador Tarso Genro.

Os fugitivos foram identificados como Arlei da Silva, Bruno Maycon Ferreira da Costa, Cristiano dos Santos Soares, João Pedro da Silva Trindade, Maicon Ricardo da Silveira Soares, Vagner da Silveira Figueiredo e Maicon Medeiros da Rosa. Os dois primeiros integravam uma quadrilha de assalto a bancos e haviam sido presos pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)  da Polícia Civil em Vila Mariante.

De acordo com a Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), o grupo era mantido na cela 1 da galeria B do complexo. Os presidiários conseguiram serrar as grades da janela e cortar a tela que dá acesso a um área de matagal na parte externa da Peva, que tem capacidade carcerária para 558 homens.

A Brigada Militar realiza buscas na região, mas até o final da tarde deste sábado ninguém havia sido recapturado. O caso será investigado pela corregedoria e pelo serviço de inteligência da Susepe.

Diferente do que havia sido acordado entre o município e a SSP (Secretaria de Segurança Pública), de que só presos dessa região gaúcha ocupariam a casa prisional, a penitenciária estadual de Venâncio Aires abriga condenados do Presídio Central e de outras casas prisionais da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Antecente

No dia 18 de julho, uma outra fuga – a primeira em menos de dois anos de funcionamento da casa – havia sido registrada na instituição. Na ocasião, oito encarcerados utilizaram o mesmo expediente de serrar as grades durante a madrugada, mas na galeria C.

Segundo a Delegacia Regional da Susepe, eles jogaram um cobertor sobre os arames e pularam a cerca da penitenciária, escapando por um trecho onde se localiza uma guarita desativada de vigilância. Dos nove apenados que estavam na cela, apenas um decidiu não fugir.

A maioria dos detentos era natural de Cachoeira do Sul, mas também havia internos de General Câmara, Teutônia, Taquari e Canoas. Eles cumpriam pena no local por crimes variados, tais como roubo e furto qualificado, tráfico de drogas e homicídio.

Após o incidente, foram encontrados celulares e uma espécie de lima utilizada romper as grades. A suspeita é de que o material havia sido arremessado para dentro da Peva. Em seguida, quatro presos acabaram sendo transferidos para outras penitenciárias do Estado, por exercerem liderança considerada negativa na instituição.

 

 

 

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