O líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Xexéu Tripoli, declarou nesta sexta-feira (1º) apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na prévia que escolherá o candidato do partido à Presidência da República. A adesão representa mais uma baixa para o governador João Doria em seu estado.
Apesar do diretório paulista ter formalizado apoio a Doria, os ex-presidentes do partido no Estado Pedro Tobias e Antonio Carlos Panunnzio também declaram voto em Leite. Os dois são aliados do ex-governador Geraldo Alckmin. Paulo Serra, prefeito de Santo André, município do ABC paulista, é outro nome do PSDB local que defende a escolha do gaúcho.
Tripoli afirmou ver em Leite “capacidade de diálogo e a visão de futuro”. Ele recebeu o governador gaúcho na semana passada. “O Eduardo tem as qualidades necessárias para que o Brasil seja realmente um país com oportunidades para todos, na busca por Justiça social, com respeito às diferenças e à diversidade. Enfim, com respeito e apreço pela democracia”, afirmou o vereador, em nota.
Ele também comparou o governador ao prefeito Bruno Covas, que morreu neste ano. “Foi o equilíbrio de Bruno Covas que me trouxe ao PSDB. E vejo no Eduardo Leite as mesmas qualidades que via no Bruno, como a capacidade de diálogo e a visão de futuro, além de coragem para enfrentar e superar desafios com tranquilidade.”
O PSDB da capital não tem deputados federais nem estaduais, por isso a adesão do vereador ganha um peso maior. O irmão de Xexeu Tripoli, Ricardo Tripoli, é secretário da Casa Civil da prefeitura. Ricardo ainda não manifestou a sua preferência nas prévias.
A disputa das prévias está acirrada. Sete Estados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Ceará, Alagoas e Amapá) declaram apoio a Leite e cinco diretórios fecharam com Doria (São Paulo, Pará, Distrito Federal, Acre e Tocantins).
ACM Neto
O presidente do DEM, ACM Neto, vê Eduardo Leite como o nome mais viável do PSDB nas prévias presidenciais para viabilizar uma aliança de uma terceira via nas eleições de 2022.
Nas últimas eleições, DEM e PSDB sempre estiveram juntos, mas agora Neto arquiteta uma fusão com o PSL. O líder do DEM deixa claro que as primárias tucanas são soberanas, já que o processo interno vai indicar um candidato para concorrer ao Planalto no ano que vem. Ainda assim, afirma que não tem como deixar de “externar sua simpatia” por Leite, cujo principal adversário nas prévias é o governador de São Paulo, João Doria.
“Leite é um nome mais agregador, que permite uma construção política mais ampla”, disse.