Donos de bares e restaurantes fizeram um protesto na manhã desta sexta-feira (22) na Zona Sul de São Paulo contra o fechamento dos estabelecimentos comerciais aos finais de semana, feriados e a partir das 20h nos dias úteis. A manifestação foi organizada pelo setor de bares e restaurantes, que alega dificuldade de manter os empregos durante a pandemia e prejuízo com o descarte de alimentos perdidos.
Essas medidas restritivas de isolamento social foram anunciadas pelo governo de São Paulo na tarde desta sexta-feira para tentar frear o avanço da Covid-19 no estado. Nesse estágio, estão liberados apenas serviços essenciais, como padarias, mercados e farmácias. Já bares, restaurantes e comércio não poderão funcionar.
No anúncio das medidas, o governador João Doria (PSDB) pediu que os participantes da manifestação de horas antes não protestem “pela morte”. “Não protestem pela morte. Não contestem a vida. Estejam ao lado da medicina, da saúde, da proteção das pessoas que vivem aqui no nosso estado. Estejam ao lado da vida. E nós aqui estaremos ao lado da vida. E seguindo o que a ciência nos determina”, disse Doria.
O protesto começou por volta das 9h, no Morumbi, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista. Os manifestantes chegaram a interditar duas faixas da Avenida do Morumbi. Às 13h, três deles entraram na sede do governo paulista para conversar com representantes do estado. Em seguida, a avenida foi liberada.
A partir de segunda-feira (25), as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté estarão na fase vermelha do Plano São Paulo, com fechamento de comércios e serviços não essenciais. As demais, incluindo a Grande São Paulo, ficarão na etapa laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis, após as 20h, e integralmente aos finais de semana. As medidas vão vigorar até o dia 7 de fevereiro.
O governo do Estado e o comitê de saúde voltaram a pedir a colaboração de toda a sociedade para reforçar o distanciamento social e evitar aglomerações ou reuniões sociais, além de uso obrigatório de máscaras em locais de acesso público e higiene frequente das mãos. O novo mapa mostra 78% da população de São Paulo na fase laranja e 22% na etapa vermelha.
A fase mais rígida só permite o funcionamento normal em setores essenciais como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
Já na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.
A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais. As informações são do portal de notícias G1 e do governo do Estado de São Paulo.