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Em um vídeo, líder dos caminhoneiros disse que as entidades não se comprometeram com o fim das paralisações

O presidente da CNTA diz que governo está tentando dividir a categoria que está paralisada. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em um vídeo divulgado para a imprensa no início da noite desta sexta-feira (25) como “Resposta ao presidente Michel Temer”, Diumar Bueno, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) – uma das principais entidades que representa os caminhoneiros nas negociações com o governo – afirmou que nenhuma das entidades que se reuniram com o governo se comprometeu com o fim das paralisações. Diumar disse ainda que o governo está fazendo uma “indução” para tentar dividir a categoria dos caminhoneiros.

O líder dos caminhoneiros reafirma ainda que só a categoria tem capacidade para decidir sobre o fim da greve e termina dizendo que vão continuar a luta para conquistar direitos.

“Presidente Michel Temer, ao contrário do que o senhor falou, nós que sentamos à mesa ontem para levar as reivindicações e trabalhar com uma resposta para ser levada à categoria, que é a única que tem a capacidade de decidir pela continuidade ou a desmobilização desse movimento. Em nenhum momento, nenhuma das entidades que participaram desse trabalho, se condicionou no sentido de comprometer ou desmobilizar esse movimento”, disse o presidente da CNTA.

Diumar afirmou que o presidente Temer está tentando dividir o movimento, e pede que seus colegas continuem unidos.

“Nós não concordamos com o que o senhor falou, e lamentamos essa indução que está sendo feita pelo governo, tentando dividir a categoria. Caminhoneiros, não vamos permitir que isso aconteça conosco. Nós vamos continuar a luta unidos e conquistar os nossos direitos.”

O vídeo, de acordo com o líder do movimento, foi uma resposta ao pronunciamento do presidente Michel Temer ocorrido no início da tarde desta sexta-feira. No discurso, o presidente afirmou que as principais reivindicações dos caminhoneiros já foram atendidas, e criticou uma “minoria radical” que não aderiu ao acordo negociado na quinta-feira (24).

“Atendemos todas as reivindicações prioritárias dos caminhoneiros que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente, esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros, aliás, estão fazendo sua parte. Mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas em todo o Brasil”, disse Temer.

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