Um esquema de pagamento de propina a políticos e ex-funcionários da Petrobras protagonizado pela empreiteira Odebrecht, com participação do Grupo Petrópolis, movimentou 117 milhões de dólares de 2008 a 2014, segundo investigação da Operação Lava-Jato.
O valor citado estaria relacionado a 27 transferências bancárias efetuadas em um paraíso fiscal. A Odebrecht abriu uma conta offshore, em nome da empresa Klienfeld Services, em um banco no arquipélago caribenho de Antígua e Barbuda.
Conforme a PF (Polícia Federal), a Odebrecht transferiu uma parcela dos 117 milhões de dólares para uma conta fora do Brasil de Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava.
Em contrapartida, o empresário repassava pagamentos no mesmo valor, como propina, a terceiros em território brasileiro. Seria uma estratégia para dificultar o rastreamento do dinheiro.
Três nomes tinham autorização para operar esta conta no exterior: Luiz Eduardo Rocha Soares e Fernando Migliaccio, ambos ex-funcionários da Odebrecht, e Olívio Rodrigues Júnior. Outro citado é Vinícius Veiga Borin, que seria operador de outra conta suspeita no Caribe.
A quantia foi distribuída por bancos em países europeus, como a Suíça, e também para o Principado de Mônaco. (Folhapress)
