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Empreiteiro Marcelo Odebrecht depõe pela segunda vez após assinar acordo de delação premiada

Marcelo foi considerado mandante de pagamentos de R$ 108 milhões e US$ 35 milhões em propina a agentes da Petrobras e foi preso na 14ª fase da operação, em junho do ano passado (Foto: AG)

O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que está preso na carceragem da PF (Polícia Federal), em Curitiba, presta depoimento aos procuradores do MPF (Ministério Público Federal) após a assinatura do acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava-Jato, na manhã desta terça-feira (13).

Marcelo foi considerado mandante de pagamentos de R$ 108 milhões e US$ 35 milhões em propina a agentes da Petrobras e foi preso na 14ª fase da operação, em junho do ano passado.

Marcelo Odebrecht é um dos 77 executivos que firmaram acordo com o MPF. Todos eles ainda prestarão depoimentos a procuradores da República. Se homologados pela Justiça, os acordos de delação premiada vão prever, em troca da colaboração, benefícios para os acusados, como redução da pena de prisão.

Delações

As delações da Odebrecht já começaram a repercutir em Brasília e atingiram a cúpula do governo e do PMDB. Na pré-delação, o ex-vice-presidente da empresa Cláudio Melo Filho afirmou que, em 2014, o presidente Michel Temer pediu R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht para campanhas eleitorais do PMDB, durante encontro no Palácio do Jaburu. A assessoria da Presidência divulgou nota na sexta-feira (09) na qual informou que Temer “repudia com veemência” essa informação.

Também foram divulgados por Melo Filho os nomes de 51 políticos de 11 partidos diferentes que receberam doações da empreiteira. O executivo era o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso Nacional e trabalhava na Odebrecht há 27 anos, sendo 12 deles em Brasília.

Outros delatores já citaram doações irregulares à campanha do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, ao secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco (PMDB); e ao ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB). (AG)

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