Apontada como uma das empreiteiras que pagou propina no exterior para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Carioca Engenharia fechou um acordo de leniência com o MPF (Ministério Público Federal) e acabará pagando 100 milhões de reais de reparação pelos crimes de corrupção.
O acordo de leniência foi feito simultaneamente à delação premiada dos acionistas da empresa Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior. Nele está previsto que a Carioca Engenharia não poderá ser alvo de ação de improbidade administrativa.
Ainda ficou estabelecido no acordo que não será proposta ação penal contra empregados da empresa que ofereçam provas sobre os fatos sob investigação e que envolvem Cunha.
A Carioca Engenharia e seus acionistas admitiram o pagamento de propina para a liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS, da Caixa Econômica Federal, para o projeto do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Relataram que pagaram propina ao presidente da Câmara para obter essa liberação de recursos.
Em relação à Petrobras, os delatores descreveram a solicitação de doações pelo ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto tendo como contrapartida obras da estatal, o pagamento de vantagens indevidas a empregados da petroleira e confirmaram a formação de cartel entre as empreiteiras que atuaram nas obras. (Folhapress)
