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As empresas brasileiras estão mais expostas a ataques pela internet: 97% dos e-mails são spams

Funcionários de startup trabalham em Helsinque, Finlândia (Foto: Reprodução)

Não importam os números e os parâmetros utilizados: quase todos os estudos sobre ataques cibernéticos divulgados recentemente colocam o Brasil em posições ruins, ou péssimas, no ranking do cibercrime mundial. Do outro lado, há países que figuram como os mais preparados para enfrentar os vilões do mundo virtual, entre eles destacam-se Estados Unidos, Canadá e países nórdicos. E segundo especialistas, dinheiro para investimento e o acesso a informação explicam a distância.

“O Brasil está alguns passos atrás de mercados mais maduros”, diz Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria de Software e Serviços da IDC Brasil. Ele cita alguns pontos fundamentais que pesam nesta análise: estruturação de uma área própria, falta de recursos e capacitação de pessoas.

“As empresas aqui no Brasil, principalmente as pequenas e médias, têm dificuldades em dedicar recursos exclusivos à segurança digital. Isso faz com que não haja uma independência. É preciso se reportar para outras áreas, o que impede uma atuação mais abrangente”, explica o gerente.

América latina

A Kaspersky Lab, produtora de softwares de segurança online, afirma que o país está em nono lugar no ranking mundial de ataques virtuais, de acordo com a empresa. É, por exemplo, o país da América Latina mais castigados por malwares (vírus e outros arquivos maliciosos). Quase 50% dos cerca de 102 milhões de internautas do País sofreu ao menos uma tentativa de ataque entre agosto de 2015 e agosto de 2016.
No total, a América Latina registrou 398 milhões de ataques do tipo no período.

Outra ameaça comum por aqui é o ramsonware, usado na prática de “sequestro de dados” e um dos principais algozes das pequenas e médias empresas. O Brasil, segundo a Kaspersky Lab, registrou um aumento de pouco mais de 60% destes ataques virtuais entre 2014 e 2016: de 43.674 para 70.078.

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