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“Enem não é para polemizar”, afirma o ministro da Educação

Weintraub disse que, antes da realização das provas, não teve acesso a nenhuma questão. (Foto: Luis Fortes/MEC)

Ao comentar a ausência de questões sobre o regime militar (1964-1985) no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o objetivo do exame “não é dividir, nem polemizar, nem doutrinar”.

“A gente já pode começar falando em regime militar, ditadura militar. Essa é uma discussão que eu acho que a gente não vai caminhar para nenhum lugar”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre o assunto. Weintraub afirmou que, antes da realização das provas, não teve acesso a nenhuma questão: “E se não caiu [questões sobre o regime militar], eu não participei das escolhas das questões”.

Em linha com o discurso do ministro, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Alexandre Lopes, declarou que o exame busca cobrir toda a base curricular do ensino médio sem gerar polêmicas.

No domingo (03), os estudantes tiveram de responder a 90 questões distribuídas entre as áreas de linguagens (língua portuguesa, inglês ou espanhol e literatura), geografia e história. Também foi aplicada uma redação com o tema “Democratização do Acesso ao Cinema no Brasil”.

Cerca de 3,9 milhões de inscritos compareceram aos locais das provas em todo o Brasil. A abstenção foi de 23% – a menor da história, segundo o ministro. Há registros de 376 pessoas eliminadas por problemas de comportamento e por se recusarem a fazer a análise biométrica, por exemplo.

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