Enquanto as gerações anteriores associavam o sucesso à ascensão profissional e à estabilidade, os talentos de hoje priorizam outros valores. Bem-estar pessoal, autenticidade e alinhamento emocional são os novos pilares que as organizações são obrigadas a oferecer. Esse cenário, em que até cinco gerações coexistem dentro de uma mesma empresa, pode se tornar tão complexo quanto estimulante e traz um novo desafio: o de repensar a cultura organizacional.
Assim, Pasty Lauria, especialista em transformação organizacional e criador do método “não trabalhar”, revela quais são as novas máximas corporativas. Como ele explica, anos de experiência o levaram a desenvolver uma filosofia na qual trabalho é sinônimo de prazer.
“Trabalho não é trabalhar, mas de um lugar diferente, de um lugar de prazer. É dedicar tempo a algo que inspire desejo e não pareça um fardo”, revela.
Seguindo essa lógica, ele descreveu a Geração Z como os novos colaboradores emergentes, entre 18 e 25 anos, que são jovens que preferem o bem-estar a uma promoção.
Eles são autênticos e alinhados com o que pensam, sentem, dizem e fazem.
“Quando você os ouve e cria o contexto com eles, eles se tornam duplamente comprometidos. Nós vivemos para trabalhar, e eles trabalham para viver; o trabalho é um meio para a qualidade de vida deles”, observa Lauria.
O requisito obrigatório para os funcionários tornou-se o prazer. Se nos divertimos, somos mais eficientes e inspiramos os outros a serem ainda mais, segundo o especialista.
E, em contrapartida, mencionou que aqueles que não o fazem “contaminam” a empresa e, em última análise, acabam se sentindo desconfortáveis e saindo por vontade própria.
Sobre outras maneiras pelas quais as empresas podem ajudar seus funcionários a se divertirem, Lauria enfatizou a importância de fazê-los se sentirem protagonistas.
“Se eles se sentem assim, aumentam sua energia e alcançam melhores resultados”, sugere.
Em ordem de importância, revelou que os jovens priorizam a convivência saudável, fazer coisas que os façam sentir importantes e, em terceiro lugar, a compensação financeira.
“Oito em cada dez pessoas tendem a sair mais por causa de um relacionamento ruim com seus chefes do que por causa do salário, é verdade?”, perguntou Del Rio. Sem hesitar, Lauria refletiu:
“Se eu tiver um líder que me inspira, vou segui-lo por escolha própria; se ele não me inspirar, terei que segui-lo por obrigação e porque não tenho outra escolha, então esse relacionamento tem um prazo de validade”, explica.