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Entre os países da América Latina e o Caribe, o Brasil é o que tem o maior gasto com violência

Brasil está entre as três áreas consideradas mais violentas da região. (Foto: Divulgação)

Estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) aponta que o Brasil tem o maior gasto com violência entre os países da América Latina e Caribe. Com base em dados de 2014, o BID calculou que a criminalidade custou ao país naquele ano, em valores correntes, mais de US$ 75 bilhões – o equivalente a 53% do custo total da violência na região. Em termos relativos, a quantia foi de 3,14% do PIB brasileiro.

Em toda a América Latina e Caribe, o BID estima que foram gastos, em média, US$ 143 bilhões com a violência em 2014. Se for aplicada a PPC (Paridade de Poder de Compra) – usada em comparações internacionais –, o valor chega a US$ 218 bilhões.

O crime custa aos países da América Latina e Caribe o dobro da média dos países desenvolvidos, e um valor equivalente ao total investido em infraestrutura na região. Se os países conseguissem reduzir o custo com a violência a níveis dos mais desenvolvidos, poderiam aumentar seu investimento em infraestrutura em 50%, segundo o BID.

Realidade brasileira

De acordo com a análise dos pesquisadores, o Brasil está entre as três áreas consideradas mais violentas da região, junto com o Triângulo Norte da América Central (Guatemala, El Salvador e Honduras) e o Caribe.

O País se destaca pelo alto gasto com segurança privada – 48% do custo total do crime. Segundo o estudo, isso pode ser entendido como indício do sentimento da população sobre o serviço de segurança prestado pelo governo.

O gasto é muito superior à média da América Latina e Caribe e do Cone Sul (43 % em ambos). São considerados pelos pesquisadores gastos privados com segurança despesas com seguro e trabalhadores formalmente ou informalmente empregados no setor.

O segundo maior gasto do Brasil com segurança é o público (36%), que na pesquisa consiste em três componentes: polícia, sistema judicial e administração prisional. Em todas as regiões do País, os gastos com a polícia representavam mais de 80% do total das despesas públicas. (AG)

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