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Escala em Bogotá para reabastecimento custaria R$ 10 mil e atrasaria em uma hora o voo da Chapecoense, afirma especialista

Aeronave caiu perto de Medellín (Foto: Reprodução)

Uma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, provavelmente teria evitado a tragédia com o avião da LaMia que levava o time da Chapecoense para o jogo mais importante da história do clube contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana.

O desvio, segundo o coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos, renderia uma hora a mais de voo e teria um custo aproximado de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxas aeroportuárias.

O avião era pilotado pelo boliviano Miguel Quiroga, dono da LaMia. A parada se fazia necessária por conta da distância entre os pontos de origem do voo (Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia) e chegada (Medellín, na Colômbia). A distância entre essas cidades é de cerca de 3.000 km, exatamente a autonomia de voo do modelo BAe Avro RJ85. Ou seja, o avião não tinha margem de reserva para esse trajeto.

“Na tentativa de agradar o cliente [o clube de futebol], provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário”, disse Machado. A falta de combustível é apontada como a causa da tragédia, que causou 71 mortes.

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