O esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava-Jato no ano passado concorre a um prêmio internacional: a do maior escândalo de corrupção do mundo. Na quarta-feira, a entidade Transparência Internacional – que serve de referência ao combate à corrupção no mundo – abriu uma votação para escolher o caso mais simbólico.
A votação vai até o dia 9 de fevereiro do próximo ano. Mas a concorrência é forte. Na corrida estão os casos do Banco Espírito Santo, de Portugal, do ex-presidente da Tunísia, Zine Al Abidine Ben Ali, da Fifa (Federação Internacional de Futebol), do ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, do ex-líder do Egito, Hosni Mubarak, do comércio de pedras preciosas em Myanmar, da situação de Teodoro Obiang ou o ucraniano Viktor Yanukovych.
Alguns dos demais acontecimentos também contam com a ampla participação de brasileiros. Na Fifa, diversos foram indiciados ou estão sendo investigados pela Justiça dos Estados Unidos: Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e João Havelange.
A votação faz parte da campanha “Desmascarar a Corrupção ” para alertar para os casos mais simbólicos. “São exemplos de abuso de poder que beneficiam poucos às custas de muitos”, alertou a entidade, com sede em Berlim (Alemanha). O caso da Petrobras foi escolhido entre 383 fatos propostos para a eleição. Na fase final, apenas 15 foram escolhidos. (AE)
