Com a redução das temperaturas durante o inverno (20 de junho a 22 de setembro), estação que é uma das “velhas conhecidas” dos gaúchos, a Smams (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade) de Porto Alegre tem reforçado a importância de se redobrar os cuidados com a saúde dos animais de estimação. Isso inclui a compreensão das necessidades específicas de cada espécie de “pet”.
Os cães, por exemplo, resistem bem ao inverno, mas isso não significa que não se deva ter cuidados extras especialmente com os filhotes e mascotes idosos, que sentem mais os efeitos do frio, especialmente os de pelagem curta, com maior probabilidade de contraírem doenças típicas da época. A primeira alternativa é deixá-los bem abrigados, especialmente à noite, oferecendo cobertores em tecido neutro que evitem alergias.
Muitos tutores percebem que, nesta época, ao contrário dos dias quentes de verão, os cães se comportam com mais disposição, o que facilita na hora de caminhadas ou brincadeiras que os estimulem a se exercitar. “Por isso, o passeio deve obedecer regras que sejam saudáveis para os tutores e seus bichos de estimação”, afirma a veterinária Brunna Barni, coordenadora da Usav (Unidade de Saúde Animal Victória).
Pandemia
Excepcionalmente em períodos como o atual, de enfrentamento à pandemia de coronavírus, é preciso reforçar a rotina de cuidados, obedecendo as regras de distanciamento que valem para todos.
Evitar aglomerações mesmo que apenas entre animais domésticos, por exemplo, também é de grande valia contra doenças como a traqueobronquite infecciosa canina, contagiosa e que coloca em risco sobretudo os bichinhos mais idosos.
Pessoas que não tem como levar os cães para passeios podem pedir apoio junto à plataforma “Ajuda Coronavírus Pets”. O endereço do site é pets.ajudacoronavirus.com.br.
Vacinação
Se a vacina anual ainda não foi aplicada, não tem problema algum em fazê-lo no outono ou inverno. O uso de coleiras inseticidas e produtos tópicos deve ser mantido. Embora em menor número, ectoparasitas como pulgas, carrapatos e mosquitos continuam no ambiente, provocando doenças e processos alérgicos.
Agasalho
É preciso especial atenção ao que vestir nos pets. Alguns animais de perfil mais agitado, não necessitam de agasalhos quentes, ao passo que outros, de pelagem longa, correm o risco de sofrer com nós difíceis de serem desmanchados.
Por esse motivo, roupas confeccionadas em algodão são bem-vindas, desde que não lhes atrapalhem os movimentos. “Animais alérgicos, ou com problemas de pele não devem usar roupas”, aconselha Brunna.
Abrigo
Alguns cães, especialmente em residências com pátio, mesmo quando tem casinha própria, costumam ficar ao relento. A alternativa é buscar um espaço de resguardo na casa para os dias de muita chuva ou geada. As pneumonias são mais comuns no inverno e nos gatos e cães elas podem ser bacterianas, o que é ainda mais grave. A quantidade e o tipo de alimento deve ser a mesma nas quatro estações do ano.
(Marcello Campos)