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Especialistas criticam proibição de aparelhos eletrônicos em bagagem de mão em viagens aéreas

Os americanos foram os primeiros a adotar a medida, seguidos pelos britânicos (Foto: Reprodução)

Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido decidiram proibir laptops, tablets, câmeras fotográficas e outros eletrônicos “maiores que um celular” nas bagagens de mão em voos procedentes de alguns países do Oriente Médio e da África.

Segundo autoridades dos EUA – os americanos foram os primeiros a adotar a medida, seguidos pelos britânicos –, a proibição deriva de um consenso entre agências de inteligência do país, e não de uma ameaça iminente específica, sobre a possibilidade de instalação de bombas em aparelhos eletrônicos. Especialistas em segurança internacional questionam a eficácia da medida e alegam, por exemplo, que explosivos escondidos em um dispositivo eletrônico também poderiam explodir na bagagem despachada.

“[A medida] não segue um modelo de ameaça convencional”, disse Nicholas Weaver, pesquisador do Instituto Internacional de Ciências da Computação da Universidade da Califórnia. “Se você assume que um terrorista está interessado em transformar um computador em uma bomba, ela pode funcionar da mesma forma na bagagem despachada. E se você está preocupado com esse tipo de terrorismo, um celular também é um computador”, acrescentou Weaver. 

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