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Especialistas da OMS reforçam recomendação de 3ª dose para pessoas com baixa imunidade e idosos que receberam Coronavac

No Brasil, a maioria do público contemplado com o reforço recebe o fármaco da Pfizer. (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

Em relatório divulgado nesta semana, um grupo de consultores da Organização Mundial de Saúde (OMS) reitera a recomendação de que indivíduos com baixa imunidade que receberam qualquer vacina contra covid recebem dose de reforço. A indicação inclui terceira injeção de Coronavac para os idosos contemplados com duas aplicações do fármaco chinês.

Na avaliação do colegiado, a vacinação-extra desse último grupo com outro imunizante poderá ser avaliada. Isso depende, porém, de aspectos como disponibilidade. Em países como o Brasil, por exemplo, a grande maioria de quem passe pelo reforço recebe o imunizante da Pfizer.

“Ao implementar a recomendação, os países devem inicialmente ter como objetivo maximizar a cobertura de duas doses nessa população e, posteriormente, administrar a terceira dose, começando nos grupos de idade mais avançada”, ressalta o documento.

A recomendação de uma terceira dose para os idosos também vale para aqueles que receberam a vacina da chinesa Sinopharm, que não é utilizada no Brasil. Tanto esta quando a Coronavac utilizam o vírus inativado, e, por isso, tendem a gerar uma resposta menor do sistema imunológico – o que não significa, porém, menor eficácia.

Imunossuprimidos

A recomendação da OMS é que todos os pacientes com imunossupressão moderada ou grave devem receber uma terceira dose de vacina, independentemente de qual tenham recebido nas primeiras duas doses.

Pacientes imunossuprimidos são aqueles com o sistema imunológico suprimido ou comprometido (pessoas vivendo com HIV/aids e com baixa contagem de CD4, pacientes com câncer ou pessoas que receberam transplante de órgão, por exemplo).

A justificativa da entidade foi que essas pessoas são menos propensas a responder adequadamente à vacinação após a aplicação do esquema normal, e, além disso, correm alto risco de desenvolver formas graves de covid.

No Brasil

No final de setembro, o Ministério da Saúde já havia anunciado a aplicação de terceira dose de vacina para o público a partir de 60 anos imunizado com qualquer vacina. Para isso, é necessário que a segunda dose tenha sido tomada ao menos seis meses antes da terceira.

Profissionais de saúde também já podiam receber a terceira dose, assim como as pessoas imunossuprimidas – para esse segundo grupo, o prazo é diferentes (28 dias). A recomendação da pasta federal era de que todos esses grupos – inclusive os idosos – recebam a vacina da Pfizer na terceira dose.

O Ministério também informou que não pretende usar a Coronavac e nem o fármaco da Janssen (de dose única), para imunizar a população contra covid em 2022.

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