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Estados Unidos alertam as companhias aéreas sobre os potenciais riscos de sobrevoar a Venezuela

O anúncio ocorre em meio a um grande reforço militar na região, incluindo o maior porta-aviões da Marinha dos EUA, pelo menos outros oito navios de guerra e aeronaves F-35. (Foto: Reprodução)

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) alertou, nessa sexta-feira (21), as principais companhias aéreas sobre uma ” situação potencialmente perigosa ” ao sobrevoar a Venezuela e as instou a tomar precauções.

O comunicado da FAA citou o “agravamento da situação de segurança e o aumento da atividade militar na Venezuela e arredores” e afirmou que as ameaças podem representar riscos para aeronaves em todas as altitudes.

O anúncio ocorre em meio a um grande reforço militar na região, incluindo o maior porta-aviões da Marinha dos EUA, pelo menos outros oito navios de guerra e aeronaves F-35.

Desde agosto, os Estados Unidos têm mobilizado um forte aparato militar no Caribe, em uma operação que a Casa Branca diz ser voltada ao combate ao tráfico internacional de drogas.

O Departamento de Guerra dos Estados Unidos anunciou no dia 13 de novembro o lançamento de uma operação militar para combater “narcoterroristas”, provavelmente na América do Sul e no Caribe.

Negociações nos bastidores

Nos últimos dias, Trump tem realizado sucessivas reuniões em Washington sobre suas ambições quanto ao futuro de Maduro. Em paralelo, o Palácio de Miraflores e a Casa Branca estão mantendo negociações informais, autorizadas pelo republicano, que levaram Maduro a oferecer sua renúncia após um período de transição gradual de dois a três anos, oferta recusada pelo governo Trump. A proposta, revelada pelo jornal americano New York Times, indica que o líder venezuelano está disposto a deixar o cargo gradualmente em troca de garantias e até de ampliar o acesso de empresas americanas às reservas de petróleo da Venezuela, estimadas em 300 bilhões de barris, as maiores do mundo.

Com o maior porta-aviões do mundo, o americano USS Gerald R. Ford, agora posicionado no Caribe, Trump aprovou medidas adicionais para pressionar a Venezuela e se preparar para a possibilidade de uma campanha militar mais ampla. Nas últimas semanas, por exemplo, o presidente autorizou a CIA a realizar operações secretas dentro do território venezuelano para preparar um “campo de batalha para ações futuras”, sem envolvimento direto de tropas dos EUA. As opções avaliadas incluem operações cibernéticas, ações psicológicas e sabotagens pontuais — mas não ofensivas terrestres, pelo menos até o momento.

Paralelamente, negociações informais mostram que uma solução diplomática ainda é possível. Pessoas a par das discussões dizem que não está claro qual resultado Trump prefere. Ele poderia, por exemplo, concordar com um acordo diplomático para que empresas americanas tivessem maior acesso aos recursos petrolíferos da Venezuela, poderia pressionar por uma resolução que permita a Maduro renunciar voluntariamente ou poderia exigir que Washington remova o ditador à força. As informações são das agências de notícias Reuters e AFP.

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