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Estados Unidos não renovarão o alívio de sanções ao petróleo da Venezuela, a menos que haja progresso sobre a eleição no país

Oposição tem denunciado obstáculos e ataques durante processo para as eleições presidenciais de julho, nas quais o líder venezuelano, Nicolás Maduro, busca um terceiro mandato. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos não renovarão uma licença temporária que expirará nesta quinta-feira (18) que havia amplamente aliviado sanções contra o setor de petróleo e gás da Venezuela, segundo um porta-voz do Departamento de Estado, a menos que o presidente Nicolás Maduro faça progressos em compromissos para realizar eleições justas e livres neste ano.

Os EUA estão preocupados com o processo eleitoral da Venezuela e com o que consideram ser o fracasso de Maduro em cumprir sua principal promessa sobre as eleições presidenciais de 28 de julho.

“Se não houver progresso de Maduro e seus representantes na implementação das provisões do plano de ação, os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril de 2024”, afirmou o porta-voz nesta segunda-feira.

Concessões suficientes

O governo Biden tem pouca esperança de que Maduro fará concessões suficientes antes do prazo desta quinta-feira para satisfazer as demandas dos EUA. Autoridades norte-americanas e venezuelanas se reuniram secretamente no México na última terça-feira, mas uma fonte com conhecimento das conversas afirmou que pouco ou nenhum progresso foi alcançado para diminuir as divergências.

A não renovação da atual licença não descartaria a possibilidade de os EUA emitirem uma nova e mais restritiva licença para substituí-la.

A empresa petrolífera estatal da Venezuela, PDVSA, disse que está preparada para qualquer cenário, incluindo o retorno das sanções totais ao petróleo.

Pressão máxima

Assessores do presidente dos EUA, Joe Biden, ainda estão discutindo uma série de opções antes do vencimento da licença temporária dos EUA que permitiu à Venezuela vender livremente seu petróleo bruto, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

A administração Biden está determinada a punir o governo de Maduro de alguma forma e está deliberando sobre até onde ir na retirada do alívio das sanções, embora se espere que não haja um retorno total à política de “pressão máxima” da era Trump. As informações são da agência de notícias Reuters.

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