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Estenose foraminal: saiba detalhes da doença que causou a cirurgia de Xuxa

Especialistas apontam que o problema pode surgir por fatores diversos, como desgaste natural e prática excessiva de atividades de impacto. (Foto: Reprodução)

A cirurgia à qual a apresentadora Xuxa Meneghel foi submetida no início da semana, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, durou cerca de duas horas e foi classificada pelos médicos como de média complexidade. O procedimento foi necessário por causa de uma estenose foraminal, condição provocada pelo desgaste do disco intervertebral localizado entre a quarta e a quinta vértebras lombares (L4-L5). Com o afinamento do disco, as vértebras se aproximam, estreitando o espaço por onde passa o nervo e causando compressão. Esse quadro resulta em dor intensa e, em muitos casos, perda de força ou formigamento nas pernas.

No caso de Xuxa, a dor começou na região lombar e irradiava para as duas pernas, principalmente a esquerda. Os primeiros sintomas surgiram há cerca de oito meses, e desde então a apresentadora já sabia que precisaria passar por cirurgia para evitar o agravamento do quadro. Ela escolheu o momento por ser um período com agenda reduzida e que permite recuperação completa antes do show “O Último Voo da Nave”, marcado para julho de 2026.

A estenose foraminal é uma condição comum entre pessoas com mais de 55 anos. Estima-se que cerca de 80% desse grupo apresente algum grau de estreitamento dos canais da coluna. Especialistas apontam que o problema pode surgir por fatores diversos, como desgaste natural, prática excessiva de atividades de impacto, fraqueza abdominal, sedentarismo e anos de má postura – incluindo permanecer longos períodos sentado sem apoio adequado ou carregar peso de maneira incorreta. Em muitos casos, o incômodo começa como uma dor lombar recorrente, que depois passa a irradiar para glúteos e pernas.

A cirurgia só é indicada quando há dor persistente, limitação funcional ou sintomas neurológicos, como perda de força ou alteração de sensibilidade. Antes disso, costuma-se tentar tratamentos conservadores, como fisioterapia, fortalecimento muscular, mudanças posturais e medicamentos para dor e inflamação.

Após o procedimento, Xuxa seguirá um protocolo de reabilitação. Até fevereiro, deve evitar atividades físicas com carga ou impacto, permitindo que a coluna cicatrize de forma adequada. Ela passará por sessões de fisioterapia voltadas ao fortalecimento abdominal, alongamento e estabilização da lombar — ações essenciais para prevenir novas crises. O acompanhamento clínico da apresentadora está sob responsabilidade da cardiologista Ludhmila Hajjar.

Embora a recuperação completa possa levar alguns meses, esse tipo de cirurgia apresenta bons resultados quando há compressão nervosa significativa. Médicos ressaltam que manter o fortalecimento do core, ajustar hábitos de postura e evitar esforços repetitivos são medidas fundamentais para preservar a saúde da coluna após a intervenção.

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