Uma brincadeira terminou em tragédia na pequena cidade de Ibitinga, em São Paulo. O estudante Fernando Fragali, 15 anos, morreu dois dias depois de ser atingido por um apagador arremessado por um colega, dentro da sala de aula, na Escola Estadual Ariovaldo da Fonseca. Ele chegou a ficar internado por dois dias da Santa Casa de Araraquara, município vizinho, mas não resistiu.
Brincadeira acabou mal.
De acordo com a Polícia Civil, o fato aconteceu em um momento em que não havia nenhum professor na sala. Alunos inciaram uma brincadeira de arremessar o apagador até o quadro e o objeto atingiu a cabeça de Fragali. Logo após o ocorrido, o jovem começou a se sentir mal, com tontura e vômitos.
A mãe dele foi chamada até o colégio e o levou até um pronto-socorro, em Ibitinga. O jovem chegou à unidade com sinais de confusão mental e foi transferido para a Santa Casa de Ibitinga e, em seguida, para a Santa Casa de Araraquara, onde foi internado em estado grave e morreu em seguida.
Diligências.
O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. A Polícia ainda aguarda o resultado do exame que vai apontar a real causa da morte. De acordo com o delegado Márcio Moretto, a polícia agora realiza diligências para desvendar a dinâmica do caso e encontrar os responsáveis pela morte do estudante.
Segundo a polícia, a mãe do estudante ainda citou na ocorrência que houve atraso no atendimento prestado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A ambulância responsável pela transferência do jovem entre os hospitais de Ibitinga e Araraquara teria quebrado, atrasando o atendimento em mais de duas horas. A Prefeitura de Ibitinga ainda não se pronunciou sobre a reclamação.
Comoção.
No último domingo, mais de 300 pessoas compareceram ao sepultamento do corpo de Fragali, no cemitério municipal de Ibitinga. Alunos do colégio onde o jovem estudava prestaram uma homenagem a ele. No Facebook, amigos e parentes lamentam a morte do rapaz. A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo, que até a publicação desta reportagem não se pronunciou sobre o caso. A Prefeitura de Ibitinga também foi procurada e não comentou sobre o ocorrido. (AG)
