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Estudantes de escolas públicas e privadas apresentam desempenho similar em matemática  

Site online disponibiliza jogos educacionais infanto-juvenis. (Foto: Reprodução Internet/ Portal Matific)

Levantamento da plataforma Matific demonstra que o desempenho em matemática de estudantes de escolas públicas e privadas está no mesmo nível. A pesquisa apontou que 74% dos alunos de escolas públicas registraram notas acima da média nos jogos educacionais, enquanto a rede privada obteve um total de 77%. Os dados relacionados as notas máximas destacaram que 56% dos casos foram em escolas privadas, e 44% em escolas públicas. Mesmo quando a análise se refere as notas abaixo da média, os números seguem na mesma margem: 26% dos educandos de escolas públicas e 23% de escolas particulares tiraram notas baixas.

O estudo foi contabilizado com as provas de cerca de 100 mil alunos de 450 colégios brasileiros, que participaram do levantamento durante o ano letivo de 2018. A análise interpretou o desempenho destes alunos dentro da plataforma e considerou o volume de erros e acertos apresentados pelos estudantes de 5 a 12 anos (do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental) nas atividades digitais aplicadas em salas de aula. A ferramenta conta com 1,6 mil jogos educacionais de matemática e possui uma média de uso de 50 mil exercícios por dia nos colégios brasileiros.

Os jogos pedagógicos fazem parte do programa do novo currículo nacional, chamado de Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e dos principais livros didáticos de matemática. Com cerca de 600 planos de aula, além de relatórios de desempenho de forma automática, individual e em tempo real, a plataforma permite ainda que os colégios e os professores aprendam a usar a BNCC em sala de aula. A medida prevista pelo Ministério da Educação (MEC) determina que as escolas sigam um currículo único e estabeleçam os conteúdos essenciais que deverão ser ensinados em todas as instituições de ensino no Brasil, públicas e privadas, assim como as competências e as habilidades que deverão ser adquiridas pelos alunos.

Para a psicopedagoga Ana Paula Carmagnani, gerente pedagógica da Matific Brasil, o estudo mostra um cenário de transformação do ensino da matemática no Brasil. “As novas tecnologias e os jogos digitais promovem uma aprendizagem mais profunda, pois, além de engajar os alunos em situações cotidianas, estimulam a curiosidade, o raciocínio lógico e o gosto pela descoberta, tudo em um ambiente lúdico e interativo”, comenta Ana Paula. “Se o ensino da matemática ficar baseado apenas em decorar e memorizar, os alunos certamente terão desempenhos sempre abaixo da média”, acrescenta.

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