Uma pesquisa do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, divulgada em abril, mostrou quais estados têm maior número de ocorrência por enchente. O levantamento foi realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) e leva em consideração dados e 2001 a 2014.
São Paulo apresentou 33,6% das ocorrências nacionais, depois a região sul se destaca: Santa Catarina com 11,25%, Rio Grande do Sul apresentou 9,06% das ocorrências e Paraná com 8,33%. Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram respectivamente 7,28% e 5,86%. Juntos, esses estados acumulam 75,24% do total de sinistros que tem como causa enchentes.
Além dos problemas econômicos, habitacionais e dos riscos de saúde pública causados, a interrupção do tráfego está entre os problemas trazidos pelas chuvas e demanda ações e políticas públicas para garantir a mobilidade mesmo nos períodos chuvosos.
Cenários e Soluções
Algumas cidades possuem características geográficas que contribuem para alagamentos e enchentes. Belo Horizonte, por exemplo, têm cinco bacias hidrográficas. A administração municipal desenvolveu através do Programa Drenurbs ações para a despoluição dos rios e a redução dos riscos de inundação.
Conhecida como Veneza brasileira pela quantidade de rios e canais, Recife sofre com as precipitações e as variações das marés, apesar de já ter passado por períodos de forte seca. Em 2010, foi decretado estado de emergência depois de uma forte chuva que deixou 9 mortos, 814 desabrigados e 2.949 desalojados.
O que o motorista deve fazer, caso haja alagamento:
De acordo com o analista técnico em eletrônica Felício Schilingovski Félix, a primeira recomendação é evitar a exposição do veículo em trechos alagados. Caso o automóvel já esteja em local de inundação, haverá condições mínimas de dirigibilidade enquanto a altura do nível da água não ultrapassar a metade da altura das rodas.
Durante o tráfego, a velocidade deverá ser baixa e regular, sem exceder a velocidade de 20 km/h e com cuidado para evitar solavancos decorrentes de acelerações e desacelerações, preferencialmente em segunda marcha. É desejável que haja a manutenção de distância para com os demais automóveis de modo a evitar que ondas atinjam o capô e cofre do motor.
Se o veículo ficou estacionado, choveu e não há a certeza acerca do nível atingido pelo alagamento ou mesmo se houve tal ocorrência, deve ser evitado ligar o motor.