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“Eu tenho o direito de fazer o que quiser pois sou o presidente dos Estados Unidos”, diz Trump ao comentar a possibilidade de enviar forças federais para conter violência em Chicago

O presidente anunciou há duas semanas a tomada do controle da polícia local e o envio de integrantes da Guarda Nacional para Washington. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa terça-feira (26) que, por ocupar o cargo de chefe do Executivo americano, tem o direito de fazer o que bem entender. Ele comentava a possibilidade de determinar o envio de forças federais também para Chicago, após medida semelhante na capital, Washington.

“Eu tenho o direito de fazer tudo o que eu quiser. Eu sou o presidente dos Estados Unidos”, disse Trump. “Se eu acho que nosso país está em perigo, e ele está em perigo nessas cidades, eu posso fazer isso (determinar o envio de forças para Chicago). Não tenho problema em entrar e resolver as dificuldades.”

Trump comentou ainda as divergências que tem com o democrata J.B. Pritzker, o atual governador de Illinois, onde fica a cidade de Chicago. Nos últimos dias, os dois trocaram ataques, e o presidente falou que o adversário “deveria passar mais tempo na academia”, em referência ao seu peso. Em resposta, Pritzker disse que Trump também “não está em boa forma”.

“Eu teria muito mais respeito pelo Pritzker se ele me ligasse e dissesse: ‘Tenho um problema, você pode me ajudar a resolvê-lo?’ Eu ficaria muito feliz em ajudá-lo”, disse Trump.

O presidente anunciou há duas semanas a tomada do controle da polícia local e o envio de integrantes da Guarda Nacional para Washington. As medidas fazem parte do que Trump vê como um descontrole do crime na capital, apesar dos indicadores de violência terem apresentado melhora nos últimos anos, segundo dados locais. Nos últimos dias, ele aventou a possibilidade de expandir a medida para outras cidades, caso de Chicago.

Também nessa terça o republicano anunciou que buscará a pena de morte para quem cometer homicídios em Washington. As leis da capital dos EUA não preveem essa punição, que foi abolida pelo Conselho da cidade em 1981.

Trump disse mais de uma vez acreditar que a segurança pública será um dos temas da eleição de meio de mandato no ano que vem, revelando o objetivo eleitoreiro por trás das suas medidas.

“Crime será o grande assunto das eleições de meio de mandato”, disse. “E acho que os republicanos vão muito bem nesse assunto.” O pleito do ano que vem é importante para Trump porque pode tanto manter a maioria republicana no Congresso quanto resultar numa vantagem para os democratas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

 

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