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EUA autorizam serviço de balsas para Cuba pela primeira vez em cinco décadas

A medida faz parte do reatamento de relações entre os dois países, que foi anunciado pelos líderes Barack Obama e Raúl Castro em dezembro de 2014. (Foto: Pablo Monsivais/AP)

Quatro companhias que operam serviços de balsas anunciaram nesta terça-feira terem sido autorizadas pelo governo norte-americano a fazerem o transporte de passageiros entre os EUA e Cuba.

São as primeiras licenças para transportar passageiros por balsa entre os dois países em mais de cinco décadas.

A medida faz parte do reatamento de relações entre cubanos e norte-americanos, que foi anunciado pelos líderes dos dois países, o presidente Barack Obama e o ditador Raúl Castro, em dezembro de 2014, após 53 anos de rompimento.

As empresas que obtiveram autorização para operar o serviço são todas da Flórida, Estado dos EUA cujo ponto mais ao sul fica a cerca de 150 quilômetros da ilha caribenha: Baja Ferries (Miami), Havana Ferry Partners (Fort Lauderdale), Airline Brokers (sede nas duas cidades anteriores) e United Caribbean Lines (Orlando).

Outra companhia, a CubaKat, de Jacksonville, espera receber autorização para atuar nessa rota no próximo mês, disse seu presidente, Brian Hall. A empresa solicitou licença depois das outras.

Trâmites

Hagar Chemali, porta-voz do Departamento do Tesouro dos EUA, explicou à agência de notícias AFP que o governo emitiu licenças específicas para o serviço de transporte de passageiros.

O porta-voz acrescentou que companhias interessadas em explorar a rota terão de pedir autorização também a outros órgãos do governo dos EUA, como Departamento de Segurança Interna e Guarda Costeira, e ao governo cubano – que não se manifestou sobre a decisão.

Com isso, a volta das balsas entre EUA e Cuba ainda deverá demorar alguns meses.

Além disso, elas poderão transportar só moradores dos EUA incluídos em 12 categorias que, conforme as regras do governo, não precisam obter licença para a viagem com antecedência – por exemplo, pessoas em visita a familiares em Cuba ou membros de grupos religiosos e educacionais.

Fora dessas categorias, viagens turísticas de norte-americanos a Cuba são vetadas pelos termos do embargo, que continua em vigor e só pode ser derrubado pelo Congresso. (Folhapress)

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