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EUA endurecem regras de vistos para as pessoas que foram ao Irã, ao Iraque e a Síria

Embaixada americana em Damasco, fechada desde 2012; país aumenta restrições a quem visitou Síria. (Foto: Reprodução)

O governo norte-americano endureceu as regras do programa de dispensa de visto, que permite a cidadãos de 38 países permanecerem nos EUA três meses sem autorização prévia de consulados ou embaixadas.

Pessoas que estiveram no Irã, Iraque, Sudão ou Síria desde o dia 1 de março de 2011, ou aquelas que têm dupla nacionalidade desses países, terão de passar pelo processo normal de concessão de vistos.

A medida é uma resposta do governo norte-americano aos últimos ataques terroristas e visa dificultar a entrada nos EUA de europeus que foram recrutados pelo EI (Estado Islâmico). A medida havia sido aprovada pelo Congresso no mês passado e começa a ser implementada.

Iraque e Síria são os países com maior presença de militantes do EI e vêm atraindo um grande número de europeus que querem se juntar ao grupo. Irã e Sudão estão na lista do governo dos Estados Unidos de Estados que patrocinam o terrorismo.

Haverá exceções para a nova regra do programa, que serão analisadas caso a caso pelo Departamento de Segurança Interna: integrantes de ONGs, jornalistas, militares ou representantes de organizações internacionais.

O Brasil não faz parte do programa de dispensa de visto, apesar de intensas negociações do governo brasileiro.

Uma das exigências do programa é uma taxa de rejeição de vistos abaixo de 3% — indicativo de que menos pessoas com perfil de imigrante ilegal estariam tentando viajar aos EUA. No Brasil, a taxa de rejeição está em 3,2%, mas não é só isso.

Os EUA exigem dos participantes compartilhamento de dados de segurança e inteligência, rapidez para registrar passaportes perdidos ou roubados e padrões de combate a terrorismo e controle de fronteiras. Na América Latina, só o Chile está dentro do programa. (Folhapress)

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