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Ex-assessor de Donald Trump se declarou culpado por mentir para o FBI sobre sua relação com os russos

No primeiro semestre, a imprensa norte-americana divulgou que o presidente teria pedido ao então chefe do FBI, James Comey, depois demitido, para ele engavetar as investigações contra Flynn (foto). (Foto: Reprodução)

O ex-conselheiro para Segurança Nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, se declarou culpado de ter mentido a agentes do FBI sobre sua relação com representantes russos.

O ex-assessor do republicano confirmou em um tribunal nessa sexta-feira que dera falso testemunho sobre seus contatos com o embaixador de Moscou em Washington, Sergey Kislyak, ocorridos em dezembro passado, durante o período de transição de governo.

Levado ao governo por Trump, Flynn teve de deixar seu cargo em fevereiro passado, após a revelação de que ocultara contatos telefônicos com a diplomacia russa. As ligações foram interceptadas pelo FBI e captaram conversas com Kislyak sobre as sanções impostas por Barack Obama por conta da suposta ação do Kremlin nas eleições.

No primeiro semestre, a imprensa norte-americana divulgou que o presidente teria pedido ao então chefe do FBI, James Comey, depois demitido, para ele engavetar as investigações contra Flynn. “Ele é um bom rapaz, espero que você possa deixar isso para lá”, teria afirmado o republicano.

Sem alerta

A Associated Press estima que apenas duas das 80 potenciais vítimas dos hackers russos foram avisadas pelo FBI das tentativas de ciberataque. Como parte do esquema para influenciar o desfecho das presidenciais norte-americanas, piratas informáticos conotados com o grupo Fancy Bear, tentaram aceder às contas de emails de vários oficiais dos EUA. O FBI sabia destas tentativas há mais de um ano, mas só avisou duas das vítimas. Em resposta à AP fonte oficial das autoridades confirma que «rotineiramente são avisados indivíduos e organizações sobre potenciais ameaças».

A investigação tenta agora concluir se os hackers estarão ligados ao governo russo ou se estariam a agir com outras motivações. O Fancy Bear está também ligado ao site DCLeaks, que publicou emails ligados ao Partido Democrata durante as eleições.

A Microsoft já lançou uma correção para a vulnerabilidade que estaria a ser explorada pelos hackers, depois de ter sido avisada pela Google.

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