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Ex-deputado que já foi o mais rico do Brasil pode pegar seis anos de prisão

Alfredo Kaefer, ex-deputado pelo PP. (Foto: Divulgação/Agência Câmara)

O ex-deputado paranaense Jacob Alfredo Stoffels Kaefer, do PP — que durante seus mandatos chegou a ser considerado o parlamentar mais rico do Brasil —, pode ser condenado, terça, no STF (Supremo Tribunal Federal), a até seis anos de prisão. Ele é acusado de crime contra o sistema financeiro e de fraude contra credores. A informação é de Ancelmo Gois, colunista do jornal O Globo.

O ex-deputado federal e empresário Alfredo Kaefer passou recentemente por um procedimento cirúrgico. Ele foi hospitalizado em Brasília e, segundo a família, a recuperação está sendo satisfatória. Os familiares preferiram não divulgar qual foi o procedimento necessário.

Alfredo tem 63 anos e recentemente deixou a Câmara Federal. Ele foi deputado por três mandados seguidos, desde 2007. Com base eleitoral em Cascavel e região, na última eleição ele fez 33.459 votos e não foi reeleito.

Venda

O grupo Diplomata, de propriedade do ex-deputado, busca a venda de mais de R$ 50 milhões em imóveis e veículos por meio de um leilão e um edital de venda direta que devem ocorrer ainda este mês.

O leilão inclui quatro imóveis e mais de 20 veículos e será no dia 25 de fevereiro. A “primeira praça” ocorre às 10 horas com lances a partir do valor de avaliação. Já a “segunda praça”, às 10h30, permite lance de 50% do valor da avaliação. Neste edital é possível parcelamento em até 30 vezes com entrada de 25% do valor.

O imóvel de maior valor é uma área na BR-369, com 72,6 mil metros quadrados e benfeitorias, avaliado em R$ 9,3 milhões. Os bens do leilão somam cerca de R$ 15 milhões.

A empresa do ex-deputado federal Alfredo Kaefer passa por recuperação judicial para pagamento de dívidas de mais de R$ 700 milhões. Depois de o processo se arrastar desde 2012 e até a falência ter sido decretada, o plano para pagamento das dívidas foi aprovado há um ano.

A correria para vender os bens ocorre porque está na reta final o prazo para pagamento das dívidas trabalhistas, que se esgota em 7 de março. As dívidas trabalhistas somariam R$ 27 milhões. Apesar de o valor dos bens colocados à disposição ser bem superior ao valor da dívida, é preciso considerar que nas primeiras tentativas de venda a procura foi baixa e também que é possível lances abaixo do valor de avaliação.

O plano de recuperação inicial previa pagamento de 100% deste valor em 12 meses. Em novembro, no entanto, a Diplomata chegou a confirmar que estava avançando bastante na renegociação dos prazos e condições junto à Justiça do Trabalho. Na época, eles afirmaram que haviam renegociado R$ 16 milhões referentes a 1.737 processos. O total de processos trabalhistas é 2.404. A empresa não informou quais foram os termos da renegociação, como prazo e percentual pago.

 

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