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Procuradoria diz que ex-deputado Rocha Loures é executor do crime de Michel Temer

Rodrigo Janot o classificou como homem de total confiança do presidente. (Foto: Lula Marques/ Agência PT)

Ao reapresentar no STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão preventiva do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o classificou como “homem de total confiança, verdadeiro ‘longa manus’ do presidente da República Michel Temer”. ‘Longa manus’ quer dizer executor de crime premeditado por outro.

Janot insistiu na prisão de Loures tão logo ele perdeu a imunidade parlamentar – com o retorno do deputado Osmar Serraglio à Câmara dos Deputados após ser demitido do cargo de ministro da Justiça. No início da Operação Patmos, em 18 de maio, Janot havia pedido a prisão preventiva do então assessor de Temer, mas o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo, rejeitou a medida e apenas limitou-se a afastá-lo do mandato. Loures foi flagrado correndo por uma rua de São Paulo, em abril, carregando uma mala com 500 mil reais. O dinheiro, segundo ação controlada da Polícia Federal, veio da JBS. Ele e Temer são alvo de um mesmo inquérito sob condução de Fachin.

Janot reafirmou que o ex-assessor especial do presidente “aceitou e recebeu com naturalidade, em nome de Michel Temer”, oferta de propina de Joesley Batista, acionista da JBS. O procurador se refere a uma propina de 5% que teria sido acertada com Loures sobre o benefício econômico a ser auferido pelo grupo J&F, especificamente em favor da Empresa Produtora de Energia Cuiabá. O então assessor especial de Temer teria, em contrapartida, de interceder em favor do grupo em processo administrativo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

 

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