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Ex-gerente da Petrobras diz que operador de propina adiantou 4 milhões de dólares a ex-tesoureiro do PT

Barusco (foto) disse não saber como Skornicki, preso na Lava-Jato, repassou a propina para Vaccari. (Foto: Antonio Cruz/ABr)

O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco disse à PF (Polícia Federal), em novo depoimento, que o lobista Zwi Skornicki – que trabalha para o estaleiro Keppel Fels – adiantou 4,5 milhões de dólares em propina para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pelos contratos de fornecimento de plataformas para a estatal via Sete Brasil.

A Operação Lava-Jato apura se esses valores estão relacionados aos repasses feitos de 2012 a 2014 para a conta secreta do marqueiro João Santana – das campanhas da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso desde terça-feira. Ele mantinha a conta na Suíça, no Banco Heritage, em nome da offshore Shellbill Finance S.A. – controlada por ele e sua mulher, Mônica Moura.

Os valores foram repassados em pagamentos de 500 mil dólares das contas da offshore Deep Sea Oil, do operador de propinas Skornicki. A Lava-Jato busca elo entre esses repasses e os valores acertados pelo lobista com o PT, via Vaccari.

O delator afirmou não saber como Skornicki, preso na 23 fase da Lava-Jato, repassou a propina para Vaccari. “As reuniões com Vaccari eram simples, não envolvendo aprofundamento da participação técnica do PT nos projetos, apenas sendo repassado o andamento deles a Vaccari, o que lhe dava condições de cobrar e acompanhar o recebimento de recursos para a agremiação política”, disse Barusco. (AE)

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