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Ex-gerente do Banco do Brasil diz que doleira movimentava até 1 milhão de reais por dia

Funcionário foi demitido do Banco do Brasil após virem à tona denúncias da Lava-Jato. (Foto: Lula Marques/Folhapress)

Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-gerente-assistente do BB (Banco do Brasil), Rinaldo Carvalho, afirmou que as contas da doleira Nelma Kodama, acusada de atuar em parceria com o doleiro Alberto Youssef, movimentavam até 1 milhão de reais por dia.
Carvalho foi demitido do banco após virem à tona as denúncias da Operação Lava-Jato. Ele chegou a ser preso pela ação em 2014 e informou ter sido condenado a quase três anos de prisão no regime aberto. A condenação foi motivada pelo crime de corrupção passiva, por ele ter recebido valores de Nelma, não informar sobre as transações suspeitas ao Coaf (Controle de Atividades Financeiras) e ajudar a transferir dinheiro de conta sob bloqueio judicial.
“Iam entrando depósitos na conta dela, 500, 600 mil, às vezes até 1 milhão de reais. Aí, ela chegava no final do dia, pegava um cheque e transferia para a empresa TOV [corretora de câmbio investigada pela Lava-Jato]”, contou Carvalho.
Embora considerasse a movimentação financeira da doleira “fora do normal”, o ex-funcionário do BB negou que tivesse acobertado operações de lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, ele gerenciava as contas de Nelma no banco e encobria as atividades do grupo, acusado de lavagem e evasão de divisas. (AG)

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