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Ex-presidente da Andrade Gutierrez terá que complementar delação premiada

Otávio Azevedo foi preso durante a Lava-Jato, em junho (Foto: Folhapress)

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo terá de complementar o acordo de delação premiada firmado por ele e acrescentar dados sobre contas do grupo fora do Brasil que foram usadas para pagar propina no valor de US$ 6,42 milhões no esquema da Petrobras.

A empreiteira também terá que explicar pagamentos analisados pela Polícia Federal a partir da quebra de sigilo de uma conta no Brasil que foi usada para pagar suborno. Os procuradores querem saber o que era propina e o que era pagamento regular em contratos de consultoria.

O complemento de informações foi acertado com procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR). A delação da Andrade foi feita com a Procuradoria-Geral da República, em Brasília, porque cita políticos que só podem ser julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e com a força-tarefa de Curitiba.

Azevedo não irá perder benefícios, já que as omissões foram atribuídas a problemas de articulação entre as duas frentes de investigação da Lava-Jato. A delação do ex-executivo da Andrade é considerada uma das mais fortes da Lava-Jato. Nela, ele conta que a construtora pagou propina por meio de doações oficiais à campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014.

A equipe da petista nega com veemência a informação e a classifica de mentira. Azevedo revelou também que a propina pela sobras da usina de Belo Monte chegou a R$ 135 milhões. (Folhapress) 

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