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Ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez volta a ser preso pela Polícia Federal

Azevedo havia sido transferido para o regime domiciliar na semana passada (Foto: Divulgação)

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo voltou a ser preso nesta quarta-feira (10), desta vez por decisão de um juiz do Rio de Janeiro que cuida do caso de suposto pagamento de propina por empreiteiras na obra da usina nuclear Angra 3.

Azevedo havia sido transferido para o regime domiciliar pelo juiz Sérgio Moro na semana passada, após a empreiteira fechar um acordo de delação no qual se compromete a revelar fatos supostamente ilícitos envolvendo a campanha de Dilma Roussef (PT) à Presidência em 2014 e suborno na construção de estádios da Copa, entre outros crimes.

A construtora também se comprometeu a pagar R$ 1 bilhão em multa em um acordo de leniência, uma espécie de delação de empresas. É a maior multa já paga no âmbito da Lava-Jato. Além da prisão decretada pela Justiça do Paraná por acusações envolvendo propinas pagas em contratos com a Petrobras, o ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez tinha um segundo mandado de prisão, relacionado ao pagamento de suborno na construção de Angra 3.

As investigações sobre supostos desvios envolvendo a obra de Angra 3 estavam sob a jurisdição de Moro, mas, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), o caso foi transferido para o Rio. A nova prisão só foi possível porque o acordo de delação ainda não foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo.

Se o STF já tivesse chancelado o acordo assinado com o Ministério Público, o juiz do Rio não poderia decretar nova prisão, já que a homologação tem o poder de suspender todas as medidas contra um réu ou suspeito. O ex-presidente da Andrade Gutierrez estava usando tornozeleira eletrônica. (Folhapress)

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