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Ex-presidente Lula e o governador João Doria esquecem diferenças e trocam afagos sobre a crise do coronavírus

Em rede social, ex-presidente (foto) e governador de São Paulo trataram sobre ações de combate à pandemia. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Adversários históricos, o ex-presidente Lula e o governador João Doria (PSDB) esqueceram as diferenças políticas e trocaram afagos em uma rede social em meio à crise do coronavírus.

“Nossa obsessão agora tem que ser vencer o coronavírus. Chegamos ao ponto do Dória ter que mandar a PM[Polícia Militar] invadir fábrica pra pegar máscara. A gente tem que reconhecer que quem tá fazendo o trabalho mais sério nessa crise são os governadores e os prefeitos”, escreveu o petista.

Doria respondeu ao ex-presidente: “Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos. O momento é de foco, serenidade e trabalho para ajudar a salvar o Brasil e os brasileiros”.

Trocar farpas era algo comum entre os dois. O tucano venceu as eleições de 2016, para a prefeitura de São Paulo, na onda do antipetismo e as de 2018, para governador, com o “Bolsodoria”, fazendo referência ao hoje presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em 2018, quando disputou o segundo turno com Márcio França (PSB), Doria adotou a estratégia de associá-lo à extrema-esquerda. Em entrevista, referiu-se ironicamente a França como “Márcio Cuba”, para depois se corrigir, e afirmou que o adversário idolatrava Lula.

Lula foi solto no início de novembro, beneficiado por um novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) segundo o qual a prisão de condenados somente deve ocorrer após o fim de todos os recursos. O petista, porém, segue enquadrado na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições.

Ele permaneceu preso de 7 abril de 2018 a 08 de novembro de 2019 em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias sob a acusação de aceitar reformas e a propriedade de um triplex, em Guarujá, como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contrato com a Petrobras, o que ele sempre negou.

O governador João Doria. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

 

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