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Ex-primeira-dama do Rio de Janeiro ostentava vestidos caríssimos com dinheiro de propina

Somente em seis vestidos de Adriana Ancelmo foram gastos 57 mil reais. (Foto: Reprodução)

A propina do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) direcionada ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso em um desdobramento da Operação Lava-Jato, pagou móveis, eletrodomésticos, veículos, máquinas agrícolas e até vestidos de festa caríssimos para a ex-primeira-dama daquele Estado, Adriana Ancelmo. Somente em seis vestidos foram gastos 57 mil reais.

De acordo com o Ministério Público Federal, Cabral recebeu, em espécie, 2,7 milhões de reais da Andrade Gutierrez pelo contrato de terraplanagem do Comperj – o equivalente a 1% da participação da empreiteira na obra.

O fato foi delatado pelos próprios executivos da empresa, colaboradores da Lava-Jato. Cabral sempre negou que tenha solicitado propinas e afirmou ter tido “apenas relações institucionais” com as empreiteiras durante seu governo.

A suspeita dos procuradores é que, do valor total da propina, pelo menos 950 mil reais tenham sido gastos em bens de alto valor, como os vestidos de Adriana, e em depósitos bancários de 10 mil reais, segundo levantamento parcial nas contas do ex-governador.

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