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Ex-senador brasileiro com patrimônio de 500 milhões de dólares está sendo investigado nos Estados Unidos

Gilberto Miranda: na mira de autoridades. (Foto: Reprodução)

Durante a agressiva campanha do RBC (Royal Bank of Canada) para atrair clientes do crescente grupo de super-ricos da América Latina, um executivo do banco em Miami, nos Estados Unidos, fisgou um peixe grande: Gilberto Miranda Batista, ex-senador brasileiro que tem uma fortuna estimada em 500 milhões de dólares, três casas, quatro fazendas e um Rolls Royce.

Enquanto alguns executivos comemoravam, o departamento de conformidade com regras (compliance, em inglês) do RBC logo enviou um sinal de alerta. Preocupados com o risco de que as contas de Miranda pudessem ser alvo de análise minuciosa pelos reguladores globais por potencial lavagem de dinheiro, alguns diretores de conformidade do banco começaram a recomendar que a conta fosse fechada por volta de 2007, o que aconteceu em 2010.
Porém, o dinheiro foi transferido para um fundo fiduciário do RBC, criado para a família Miranda e alimentado por 17 empresas distintas e veículos em paraísos fiscais.

Na mira
Em 2013, as contas do brasileiro Gilberto Miranda atraíram a atenção do OCC (Controladoria da Moeda, na sigla em inglês), um orgão regulador bancário dos Estados Unidos, que considerou os sistemas de proteção contra a lavagem de dinheiro do RBC insatisfatórios.
Miranda também chamou a atenção de promotores brasileiros, que, em novembro de 2012, abriram processo criminal acusando-o de corrupção por “esforços para obter ilegalmente a permissão do governo para ocupar” um terreno público na Ilha das Cabras, no Litoral de São Paulo, através da “oferta de suborno a funcionários públicos para ganho pessoal”, de acordo com o relatório apresentado pelos promotores.
O ex-senador brasileiro acumulou uma fortuna de mais de 500 milhões de dólares ajudando empresas a obter licenças para iniciar operações em Manaus, no Amazonas. (Folhapress/AG)

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