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Ex-senador Gim Argello é condenado a 19 anos de prisão na Operação Lava-Jato

Argello é acusado de pedir dinheiro a empresários para abafar conclusões do relatório final da CPI da Petrobras. (Crédito: Reprodução)

O ex-senador Gim Argello, preso na Operação Lava-Jato, foi condenado a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação. A sentença foi dada nesta quinta-feira (13) pelo juiz Sergio Moro. Cabe recurso.

Argello, que era filiado ao PTB, é acusado de pedir dinheiro a empresários para evitar convocações e abafar conclusões do relatório final da CPI da Petrobras, em 2014. Durante o processo, dois empresários admitiram ter pago propina a Argello: Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e Ricardo Pessoa, sócio da UTC. Os valores foram pagos, segundo os depoimentos, por meio de doações eleitorais oficiais e de uma transferência a uma igreja no Distrito Federal, base eleitoral de Argello.

Os dois empresários também foram condenados, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação. Pinheiro foi sentenciado a 8 anos e 2 meses de prisão. Já Pessoa e seu sócio na UTC, Walmir Pinheiro Santana, também condenado, fizeram um acordo de delação premiada, e por isso não cumprirão penas além das que já foram previstas no acordo.

Outro lado.

O ex-senador sempre negou irregularidades. Em depoimento a Moro, no final de agosto, disse estar sendo vítima de “vingança”. “Eu não fui desonesto. Não pedi propina para ninguém, não pedi vantagem indevida a ninguém. Eu pedi doação eleitoral dentro da lei”, afirmou, na ocasião. (Folhapress)

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