O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto negou ter desviado dinheiro da cooperativa habitacional Bancoop em favor de campanhas do PT, em depoimento prestado à Justiça de São Paulo na tarde de quarta-feira (04).
Segundo o promotor José Carlos Blat, o caso Bancoop serviu de “embrião” para outros escândalos , em alusão ao caso Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Nessa operação, Vaccari já foi condenado a 15 anos de prisão e é réu em outros dois processos.
Preso em Curitiba (PR) sob a acusação de ter intermediado propinas para o PT resultantes de contratos da estatal de petróleo, Vaccari foi convocado para ser interrogado em ação penal na qual ele e outros ex-dirigentes da Bancoop foram acusados de lavagem de dinheiro e estelionato com dinheiro dos cofres da cooperativa.
O ex-tesoureiro negou a prática de quaisquer crimes, segundo o advogado dele, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso. “Inexiste qualquer doação da Bancoop para qualquer partido político. Isso é sonho do Ministério Público, que não se comprova em momento algum.”
Blat, por sua vez, afirmou que Vaccari mentiu aos negar as acusações. “A cooperativa foi usada para causar prejuízos a mais de 3 mil famílias e favorecer esquemas criminosos”, disse o promotor do caso. (Folhapress)
