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A Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná deve ir à leilão em maio

A Faculdade Evangélica irá a leilão para quitar dívidas trabalhistas e com fornecedores. (Foto: Reprodução)

Inaugurada em 1969 a FEPAR (Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná) será leiloada na ação contra a Associação Beneficente Evangélica de Curitiba, que tramita na 9ª Vara do Trabalho da cidade. A Faculdade, assim como o Hospital Evangélico e o Plano de Saúde Evangélico, estão sob intervenção judicial desde dezembro de 2014, devido aos débitos acumulados por gestões anteriores.

Com data do leilão provável para o dia 4 de maio, anunciado em audiência pelo juiz Eduardo Milléo Baracat da 9ª Vara do Trabalho de Curitiba, a data pode ser alterada em função de provocações no processo e está sujeita a avaliação dos bens materiais e imateriais serem homologados pelo juízo.

O leiloeiro público oficial habilitado pela Junta Comercial do Estado do Paraná Helcio Kronberg  foi nomeado para avaliação dos bens e realização do leilão e terá o prazo de 30 dias para entrega do laudo de avaliação.

A Faculdade Evangélica irá a leilão para quitar dívidas trabalhistas e com fornecedores. Os Ministérios Públicos do Trabalho e do Paraná já se manifestaram para que o comprador da instituição mantenha as vagas do curso em Curitiba.

Faculdade

Com 120 vagas anuais no curso de Medicina, a faculdade é reconhecidamente uma importante instituição de ensino na área médica em Curitiba, tendo a estrutura do Hospital Evangélico como um dos locais para aprendizado dos seus alunos. Iniciou as atividades em janeiro de 1969 e em 1994 criou o IPEM (Instituto de Pesquisas Médicas), referência nacional na área. Possui programas de pós-graduação em princípios de cirurgia.

A saúde coletiva e a abordagem integral do processo saúde-doença, com ênfase na atenção básica, são norteadores na grade curricular da faculdade que em 2007 e 2014 conquistou a nota 4 em avaliação do Ministério da Educação.

Polêmica no Acre

Um vídeo gravado por calouros do curso de medicina da Uninorte (União Educacional do Norte), na última terça-feira (6), vem causando polêmica nas redes sociais. Nas imagens, os estudantes aparecem sentados no chão, cantando um grito de guerra com provocações direcionadas aos acadêmicos do mesmo curso só que da Ufac (Universidade Federal do Acre).

A Ufac informou que não vai se pronunciar sobre o caso e que se trata de uma questão entre as atléticas dos cursos.

Em nota, a Uninorte informou que as atléticas são uma organização de alunos independentes, com regimento e leis próprias, não vinculadas à instituição de ensino.

“A tradição de grupos de universitários chamados por atléticas é recente em nosso Estado. A Uninorte informa ainda que, mesmo não tendo responsabilidade sobre as ações das atléticas, repudia qualquer ato pejorativo ou ofensas”, disse a faculdade.

A atlética Massacre, do curso de medicina da Uninorte, publicou uma nota dizendo que o vídeo não teve a intenção de incentivar a violência ou desmerecer ninguém em relação à instituição de estudo. O grupo disse ainda que existe uma “rivalidade totalmente saudável” entre as atléticas de medicina da região.

“Eu não tenho cadáver, isso não me incomoda, pau no ** na Ufac que só tem Zé Mané, anatomia. Eu estudo na ** da sua mulher”, gritam os calouros durante o pré-trote.

Na nota, a atlética diz que pessoas de fora do curso e de outras instituições se sentiram incomodadas com o vídeo e começaram a denegrir a imagem dos estudantes de medicina da Uninorte.

“Infelizmente, essas pessoas que não entendem o que é rivalidade saudável entre as atléticas vêm com o intuito de causar discórdia e confusão com algo que não há”, diz o texto.

Os estudantes lamentam a repercussão negativa do vídeo e dizem que não tinham também a intenção de desvalorizar as mulheres.

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