Ícone do site Jornal O Sul

Faixa de Gaza é alvo de ataque do exército de Israel

Explosão no Sul de Gaza após bombardeio de Israel. (Foto: Reprodução)

Aviões e tanques israelenses bombardearam nesta sexta-feira (20) “alvos militares em toda a Faixa de Gaza” em resposta aos “tiros” visando tropas israelenses perto da fronteira com o enclave palestino, informou o Exército israelense em um comunicado. Os tiros contra os soldados israelenses teriam sido disparados durante “violentos distúrbios ao longo da cerca de segurança” que marca a fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, segundo o Exército.

Os tiros mataram um soldado israelense, confirmou o Exército de Israel pelo Twitter durante a noite (tarde, no Brasil). Quatro palestinos morreram na resposta ao ataque, três deles integrantes do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. A quarta vítima do bombardeio é um civil. Ao menos 120 palestinos ficaram feridos.

Resposta a “pipas incendiárias”

Há pouco mais de uma semana, Israel endureceu sua resposta diante do lançamento de pipas carregadas de material inflamável. Soldados israelenses disparam contra pessoas que lançavam esses artefatos nos últimos dias. Desde 30 de março, os palestinos protestam regularmente na região da fronteira para denunciar o bloqueio imposto por autoridades israelenses a Gaza e exigir o retorno dos refugiados palestinos expulsos em 1948 com a criação do Estado de Israel.

Mais de 100 palestinos foram mortos pelo Exército israelense durante os confrontos que começaram no fim de março, quase metade só em maio.

Lei polêmica

A tensão na região acontece um dia depois da aprovação no parlamento israelense de uma lei que afirma que Israel é um Estado exclusivamente judeu, que tem como sua única capital “Jerusalém unificada” e prevê apenas o hebraico como língua oficial, reduzindo o árabe a uma categoria “especial”. A nova lei é acusada de ser discriminatória com relação às minorias que vivem no país.

A norma estabelece: o nome e os símbolos do país (bandeira, brasão e hino); o hebraico como idioma oficial e o árabe como língua com “status especial”; Jerusalém “completa e unida” como capital; adoção do calendário judaico juntamente com o gregoriano (o usado no Brasil); feriados nacionais e datas religiosas.

Além disso, a lei aborda tópicos considerados chave sobre o judaismo ao determinar: Israel como “pátria do povo judeu”; abertura à imigração do povo judeu; assentamentos judeus como “valor nacional”.

Diz ainda que “o direito de exercer a autodeterminação nacional no Estado de Israel pertence unicamente ao povo judeu”. Isso gerou reações dentro e fora de Israel. No próprio debate durante a votação da lei, parlamentares da minoria árabe classificaram o texto como um “apartheid” e “discriminatória” com os palestinos em Israel. Os palestinos que permaneceram no país após a criação do Estado de Israel, em 1948, constituem 20% da população de Israel, que é de cerca de 9 milhões de pessoas.

Importante tanto para o judaísmo quanto para o cristianismo e o islamismo, os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental). Os israelenses, por sua vez, oficializam toda Jerusalém como sua capital.

 

Sair da versão mobile