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Falta de imunizantes ainda atinge mais de mil municípios nesta semana, revela pesquisa da CNM

Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia serão os primeiros a receber a tecnologia. (Foto: Reprodução)

Mais de mil municípios relataram a falta de vacina para imunizar a população contra a Covid-19 nesta semana, segundo pesquisa da CNM (Confederação Nacional de Municípios).

Participaram do levantamento, realizado entre os dias 17 e 20 de maio, 3.287 municípios. Entre os que declararam enfrentar esse problema, a falta de vacinas para a segunda dose atingiu 79,3%. Já 39,9% dos municípios não conseguiram aplicar a primeira dose no grupo prioritário.

Segundo a pesquisa, a falta da segunda dose da Butantan/Coronavac foi informada por 87,9% deles, e da Fiocruz/Astrazenec faltou em 11,5%. Analisando os dados sobre a falta de vacinas nesta semana por tamanho de município, identificou-se que a falta se dá de forma uniforme em cidades de pequeno e médio portes, ambas com 31%. Em grandes cidades esse percentual cai para 15%.

Sobre a vacinação com o imunizante da Pfizer, a CNM questionou os municípios se possuem câmaras frias próprias e ou de terceiros para armazenar as vacinas. Em 44,2% deles há meio correto para o armazenamento, enquanto em 39,6% declararam que não possuem estes equipamentos. Importante destacar que a vacina é atualmente distribuída apenas para capitais, em decorrência da indicação de que o imunizante precisaria ser armazenado em refrigeração de -70ºC ou em geladeira comum por até cinco dias.

No entanto, nesta semana, as recomendações de armazenamento da vacina Pfizer/Biontech foram modificadas pela FDA (Foods and Drugs Agency). Com a alteração, eles podem ser mantidos na própria geladeira, à temperatura de 2 a 8 Celsius, pelo período de um mês.

A CNM  diz que “demonstra otimismo com a mudança e aguarda nota oficial da Anvisa sobre o assunto, uma vez que a manutenção das vacinas em temperaturas muito refrigeradas sempre foi um desafio para a distribuição dos imunizantes aos municípios do interior do Brasil”.

Gestantes e puérperas

A pesquisa também aponta que 75,3% dos municípios pesquisados já iniciou a vacinação de grávidas e puérperas. No entanto, em decorrência da recomendação da Anvisa e do Ministério da Saúde, 34,3% dos Municípios afirmaram que interromperam a vacinação desse público.

Medidas restritivas

Mais de 60% dos municípios pesquisados ainda estão adotando medidas restritivas, como fechamento de serviços não essenciais e outras ações. Em 22,8%, não houve esse tipo de medida nesta semana.

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