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Família australiana foi impedida de embarcar em voo de volta porque filho mais novo fez birra na viagem de ida

Ao sair da aeronave da companhia Jetstar, a família descobriu que o comandante havia prestado queixa contra o comportamento da criança (Foto: Reprodução)

A princípio, o casal australiano Laura Kimber e Jae teria uma simples viagem de férias às Ilhas Hamilton com os filhos gêmeos de 2 anos, mais o primo de Laura com a esposa e a filha. No entanto, no momento da aterrissagem no destino, quando é preciso estar sentado na poltrona na posição vertical com o cinto de segurança, um dos gêmeos, Matteo, teve um ataque de birras: jogou-se no chão e ficou embaixo do assento do passageiro da frente.

Após a gritaria e o alerta da tripulação de que o comportamento da criança obrigaria o piloto a dar voltas no ar até a situação se acalmar, a mãe, enfim, acalmou o filho e colocou-o na poltrona, com o cinto de segurança.

Ao sair da aeronave da companhia Jetstar, a família descobriu que o comandante havia prestado queixa contra o comportamento da criança e que, possivelmente, a família não embarcaria no voo da volta. Dito e feito: dez dias depois, em 22 de fevereiro, a família foi impedida de embarcar para retornar a Sidney.

“Eu perguntei à aeromoça ‘qual é o problema?’, e ela disse que aguardava a autorização do comandante para que nosso grupo pudesse embarcar, porque haviam tido problemas no voo da ida”, disse a mãe ao site Kidspot..

“Nós esperamos e, em seguida, vimos que nossas malas estavam sendo retiradas do avião. A aeromoça me falou: ‘Vocês não irão voar hoje por conta do comportamento de seu filho'”, conta a mãe. Ao perguntar como eles estavam sendo barrados por causa de uma criança de 2 anos, um funcionário da companhia respondeu que a culpa era, na verdade, da mãe, já que não soube controlar a criança.

Todos os sete passageiros foram proibidos de embarcar nas próximas 24 horas – o que, explicou Laura, era péssimo, porque eles precisariam voltar ao trabalho. Em seguida, eles ficaram duas horas esperando para pegar as bagagens de volta, com as crianças dormindo em seus colos e no chão.

A companhia, enfim, ofereceu o reembolso total das passagens ou um voo para dali a dois dias. No entanto, quase uma semana depois, a família tinha recebido apenas metade do valor e ainda havia gasto mais de 5 mil dólares com novas passagens aéreas e acomodação nos dias não planejados.

“Matteo estava supercansado e birrento. Eu lutei contra ele e fiz tudo o que podia”, disse a mãe. “Na hora, pensei que a tripulação não deveria ter filhos, porque qualquer pessoa com filhos sabe que ‘os terríveis 2 anos’ são realidade”, afirmou Laura.

O lado da companhia

A Jetstar afirmou ter registrado “um comportamento perturbador” de um passageiro adulto do sexo masculino durante o voo às Ilhas Hamilton. Já na viagem de volta a Sidney, a companhia registrou “um comportamento disruptivo” de adultos no portão de embarque, antes de entrarem no avião, e decidiu impedi-los de viajar.

Já Laura contesta a declaração da Jetstar. “Dizer que havia um passageiro a bordo que não estava seguindo as instruções de segurança obviamente se refere à quando nós estávamos lutando para colocar Matteo em seu assento com o cinto de segurança, mas ele é uma criança de 2 anos e não um adulto”, disse a mãe. (AE)

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