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Federação admite a chance de encerrar o Campeonato Italiano apenas em novembro

Futebol na Itália está suspenso por tempo indeterminado; antes da suspensão, torcedores chegaram a ir ao estádio de máscara. (Foto: Reprodução)

O presidente da Federação Italiana, Gabriele Gravina, garantiu nesta quarta-feira (15) que a prioridade da entidade é concluir a temporada da primeira divisão do campeonato nacional, que está paralisado, mesmo que isso aconteça apenas no mês de outubro, com a próxima começando em janeiro de 2021.

“Não há uma data limite, seguiremos as demais ligas europeias. Se nos permitirem jogar em junho, terminaremos em julho e, depois, haverá as competições europeias. Se tivermos que em setembro, terminaremos o campeonato em novembro, e começaremos o seguinte em janeiro”, disse o dirigente, em entrevista ao jornal La Reppublica.

Gravina, inclusive, confirmou que entre as soluções está a adequação do calendário europeu ao utilizado em países como o Brasil, com início em janeiro e conclusão em dezembro.

“Estudamos todas as hipóteses, e uma é organizar as competições no ano solar, mas repito, é necessário coordenar isso com todas as federações europeias. Caso contrário, terminaremos o campeonato em maio, antes da Eurocopa”, afirmou o italiano.

“A Serie A de 2021 poderia ser jogada em cinco meses. Há várias ideias, por exemplo, de organizar dois grupos e depois fases eliminatórias até o título e para o rebaixamento. Seriam medidas excepcionais, apenas por uma temporada”, completou Gravina.

O presidente da Federação Italiana ainda admitiu que não terminar a temporada que foi paralisada por causa da pandemia do novo coronavírus poderia provocar até 1 bilhão de euros em perdas, e ainda criar problemas jurídicos entre clubes, emissoras de televisão e jogadores.

Parecer técnico

Com a diminuição do número de casos de coronavírus na Itália, a federação de futebol do país já vislumbra o retorno dos clubes aos treinos em maio e com a possibilidade da retomada do campeonato para início de junho. No entanto, Giovanni Rezza, diretor de doenças infectuosas do Instituto Nacional de Saúde Italiano (ISS), não acredita que isso acontecerá.

Se eu tivesse que dar um parecer técnico, não seria favorável (ao retorno dos jogos). Futebol é um esporte de contato, com risco de transmissão. Eles (os dirigentes da federação) propõem monitorar os jogadores com testes quase diários, mas, honestamente, isso me parece querer esticar a linha demais… E já estamos quase entrando em maio”, disse Rezza.

No entanto, Rezza diz que não será ele ou alguma autoridade de saúde que tomará a decisão de retomar ou não o futebol na Velha Bota. “Serão os políticos que decidirão”, afirma.

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