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Fila do INSS cai 10% em quatro meses; são 264 mil pedidos a menos em junho

O tempo médio de concessão, no entanto, está em 51 dias. (Foto: Rafael Carvalho/INSS)

A fila de pedidos de benefícios em análise no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve redução de 9,8% em quatro meses – de março a junho –, com 2,44 milhões de requerimentos em junho. O número representa recuo em comparação aos 2,7 milhões registrados em março.

O tempo médio de concessão, no entanto, está em 51 dias. A meta é reduzir para 45 dias, prazo legal de concessão de benefício, no qual não há pagamento de juros pela demora.

Em maio, a fila começou a diminuir após a aprovação de novo bônus para servidores administrativos e peritos. O estoque de pendências, no entanto, era de 4 milhões. Além disso, documentos obtidos pelo jornal mostraram que o governo Lula agiu para segurar a fila e frear a alta de gastos.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, a redução ocorreu após a realização de mutirões, de horas extras de servidores e de ações emergenciais.

“Conseguimos uma queda de praticamente 10%, isso só foi possível graças aos mutirões, ao empenho dos servidores com trabalho extra, ao esforço concentrado em diversas frentes”, disse.

Entre os principais grupos de benefícios, as aposentadorias registraram a maior redução proporcional da fila: uma queda de 25% desde março, com 109 mil pedidos a menos aguardando análise.

Já os benefícios por incapacidade, que são tradicionalmente mais complexos por envolverem etapas como a perícia médica, também apresentaram recuo de 9% no mesmo período (123 mil pedidos a menos).

Para tentar destravar a fila, o INSS diz que o governo convocou 250 novos médicos peritos e 300 analistas do INSS, com início previsto a partir de agosto.

“A partir de agosto, esses profissionais reforçam o atendimento em todo o país. É um esforço coordenado para tornar o INSS mais ágil, mais humano e mais justo com quem mais precisa”, afirmou o ministro da Previdência, Wolney Queiroz.

Só em junho, foram concedidos 718 mil benefícios, sendo quase metade (45,9%) deles por incapacidade temporária, grupo que depende de perícia médica. Mais de 170 mil deles foram aposentadorias, 58 mil correspondem a salários-maternidade, 52 mil a pensões por morte e 83 mil a benefícios assistenciais.

No último mês, 568.496 benefícios foram indeferidos. Os principais motivos incluem falta de comprovação de incapacidade na perícia médica (auxílio-doença); renda familiar acima do limite para o BPC; e falta de tempo ou idade suficiente para aposentadoria.

O tempo médio de concessão dos benefícios, desconsiderando os dias em que o processo ficou parado para cumprimento de exigência do segurado – quando o cidadão precisa enviar mais documentos –, variou da seguinte forma nos últimos quatro meses:

– Março: 55 dias;

– Abril: 51 dias;

– Maio: 44 dias;

– Junho: 51 dias.

Segundo o INSS, o aumento pontual em junho se deve à liberação de benefícios antigos que estavam parados por pendências e agora foram resolvidas. A autarquia diz que esse movimento indica o destravamento de processos complexos ou antigos, que exigiam ações específicas para serem concluídos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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