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Filha da deputada federal Flordelis diz que pagou R$ 5 mil pela morte do pastor Anderson do Carmo

Flordelis é acusada de ser a mandante do crime, mas não foi presa por ter imunidade parlamentar. (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

A filha da deputada federal Flordelis (PSD) afirmou que pagou R$ 5 mil para o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Simoni dos Santos Rodrigues disse que a quantia foi entregue à sua irmã Marzy Teixeira.

A motivação do crime, segundo ela, seriam as constantes investidas sexuais do pastor. Anderson foi morto a tiros na garagem da sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em junho de 2019.

Apesar de ter pago a irmã para ajudá-la com o assassinato, Simone afirmou que não sabe se ela contratou alguém para cometer o crime. “Dei R$ 5 mil para Marzy, disse que não aguentava mais. Pedi para ela me ajudar. Disse que estava passando por maus momentos. Não havia um plano. Só estava desesperada. Todos os dias ele subia no meu quarto de manhã e à noite. Mas eu nem acreditava que ela [Marzy] teria coragem de fazer isso de fato. Entreguei a ela o dinheiro e depois não soube de mais nada”, revelou.

“Ele sempre teve segundas, terceiras e quartas intenções comigo. Não tive coragem de contar para a minha mãe. Ela era cega, apaixonada por ele”, desabafou. Testemunhas do processo já afirmaram que, antes do pastor se relacionar com a parlamentar, ele e Simone foram namorados. Apesar dos relatos, a filha de Flordelis negou que tenha se relacionado com o pastor.

O depoimento foi dado durante um novo interrogatório com os réus acusados do assassinato do pastor. Simoni disse ainda que jogou três celulares no mar: o da mãe, o do pastor e o do irmão Flávio, acusado de ter atirado em Anderson.

A segunda parte do interrogatório dos acusados de envolvimento na morte do pastor aconteceu na sexta-feira (22). Essa sessão foi a continuação das oitivas iniciadas no dia 18, quando Flordelis admitiu pela primeira vez que sabia da existência de um plano dentro da própria casa para matar o seu marido. A parlamentar nega qualquer participação no crime.

A deputada é apontada pela polícia como a mandante do homicídio, que, segundo as investigações, teria sido motivado por questões fianceiras. Ela não foi presa por causa da imunidade parlamentar.

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