Ao longo dos últimos dez anos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) soma R$ 4,7 bilhões em financiamentos para projetos de geração e transmissão de energia com fontes renováveis e para ganhos de eficiência no consumo. O montante foi detalhado pelo diretor de Planejamento da instituição de fomento, Leonardo Busatto, durante o evento Fiema Brasil 2025, em Bento Gonçalves (Serra Gaúcha).
“Trata-se de um volume de recursos que é representativo, pois são investimentos com enorme impacto em favor do meio ambiente, o que reforça o nosso compromisso com o tema da transição energética sustentável”, ressaltou, como painelista convidado do espaço “Arena de Inovação”, ao elencar as diferentes modalidades de atuação do banco no segmento, as principais iniciativas contempladas na última década e seus respectivos benefícios à natureza.
Ainda conforme o diretor, as parcerias multilaterais que o BRDE tem incrementado nos últimos anos são um fator de reforço à presença da instituição nesse tipo de iniciativa: “Não se encontra dinheiro disponível no mundo que não esteja alinhado aos compromissos da preservação ambiental”.
Ao longo de 2024, o BRDE financiou um total de 220 projetos de geração de energia limpa na Região Sul, incluindo diferentes modalidades, incluindo biomassa, biocombustíveis e as energias eólica e hídrica. O total chegou a R$ 365 milhões no ano.
Já na sua 10ª edição, a Fiema Brasil prossegue até esta quinta (22) no Parque de Exposições de Bento Gonçalves. Trata-se da maior feira do setor ambiental no Sul do País. Além de patrocinador oficial, o BRDE tem estande próprio no evento, promovido pela Fundação Proamb. Os detalhes podem ser conferidos no site fiema.com.br.
Outros convidados
O painel dessa quarta-feira (21) foi moderado pelo diretor do Departamento de Energia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Rodrigo Huguenin. Também contou com a participação do presidente-executivo da Phama Energias Renováveis, Luiz Paulo Hauth.
Hauth apresentou o projeto de produção de fertilizantes descarbonizados e uma fábrica de ração animal a partir do chamado “hidrogênio verde”. A iniciativa já está em implementação da primeira unidade em Passo Fundo (Norte gaúcho) e prevê mais duas fábricas, nos municípios de Tio Hugo e Condor.
(Marcello Campos)