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FMI aumenta estimativa de retração da economia brasileira em 2016

FMI

Fundo divulgou o relatório Panorama Econômico Global (Foto: Banco de Dados)

O FMI (Fundo Monetário Internacional) piorou sua estimativa para a contração da economia brasileira em 2016. No relatório Panorama Econômico Global, divulgado nesta terça-feira (12), o órgão prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) do País vai encolher 3,8%. A previsão anterior, de janeiro, era de queda de 3,5%.

Em 2017, o FMI prevê um crescimento nulo para a economia brasileira, sem alterações em relação à estimativa de janeiro. As previsões para 2016 são muito piores do que as do conjunto da América Latina e Caribe, que em 2016 terão uma contração econômica média de 0,5% (dois décimos a mais do que as antecipadas em janeiro).

“A recessão no Brasil é pior do que o previsto”, aponta o relatório. O País, que demonstrou resistência à crise econômica e financeira global de 2007-2008, foi abalado nos últimos anos pela desaceleração da China e pela queda dos preços das matérias-primas. Após o recuo do PIB em 2015, o Brasil registrará seu primeiro biênio recessivo desde os anos de 1930. 

De acordo com o FMI, o desemprego no Brasil subirá de 6,8% em 2015 para 9,2% em 2016 e 10,2% em 2017. “A recessão cobra seu preço no emprego e na renda real”, afirma o estudo. Embora aponte em várias de suas 230 páginas que instabilidade política tem afetado negativamente a atividade econômica em muitos países, o relatório é discreto ao falar do Brasil, e não menciona diretamente a crise política.

Mas ressalta que “incertezas domésticas continuam a restringir a capacidade do governo de formular e executar políticas”. A falta de clareza no cenário político torna difícil fazer previsões sobre o Brasil, indica o Fundo.

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