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A Força Aérea do Egito lançou explosões aéreas sobre “posições terroristas” e veículos envolvidos no ataque que deixou mais de 300 mortos em uma mesquita

Mesquita de Al-Rawdah, na península do Sinai, no Egito. (Foto: Reprodução)

A Força Aérea do Egito lançou neste sábado (25) ataques aéreos sobre “posições terroristas” e veículos envolvidos no ataque que deixou mais de 300 mortos em uma mesquita, na península do Sinai, no norte do país, segundo a CNN. A região é constantemente atacada pelo EI (Estado Islâmico), mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou a ação.

O atentado, que ocorreu nesta sexta-feira (24), fez 305 mortos, incluindo 27 crianças, segundo um novo balanço fornecido neste sábado pelo procurador-geral em um comunicado transmitido pela televisão estatal.

As Forças Armadas do país  destruíram “um número de veículos utilizados no ataque terrorista” na mesquita de Al-Rawdah, localizada em Bear al Abd, a oeste da cidade de Al Arish, capital da província de Sinai do Norte.

“Como parte da perseguição dos elementos terroristas responsáveis de atacar fiéis da mesquita de Al-Rawdah, a aviação teve como alvo elementos terroristas e destruiu um número de veículos que realizaram o ataque terrorista”, afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas, Tamer al Rifai.

Massacre após orações

Através de um comunicado a União das Tribos do Sinai disse que os terroristas fecharam “as portas da mesquita e mataram todos os que rezavam”, e depois, quando chegaram as ambulâncias no local, “um grupo escondido de terroristas disparou e fugiu”.

Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que os atacantes colocaram bombas caseiras ao redor da mesquita frequentada por sufis e fizeram as detonações durante a saída dos fiéis da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.

Após as explosões, os terroristas começaram a disparar contra os fiéis que tentavam fugir da mesquita, relatou a fonte, confirmando que as primeiras ambulâncias que chegaram ao local também foram atacadas pelos extremistas.

Poucas horas depois do atentado, o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, prometeu em um discurso transmitido pela televisão estatal que as Forças Armadas e a polícia “vingarão nossos filhos para recuperar a estabilidade, e vamos responder este ato com uma força brutal”.

Estado Islâmico

As forças de segurança do Egito estão lutando contra o EI no norte do Sinai, onde extremistas já mataram centenas de policiais e soldados desde que se intensificaram os confrontos nos últimos três anos.

Em abril deste ano, o EI provocou explosões em duas igrejas cristãs coptas, deixando 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro alvo foi um templo em Tanta, a quinta maior cidade do país, seguido de um ataque em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia.

Na província do Sinai do Norte, onde está vigente desde 2014 o estado de emergência, opera o braço egípcio do grupo jihadista EI chamado Wilayat Sina, que reivindicou a maioria dos atentados ocorridos nos últimos anos no país.

 

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